CRENÇAS DE FÉ

A morte não é o fim mais uma continuidade !!!!

terça-feira, 22 de março de 2011

domingo, 20 de março de 2011

SIGNIFICADO DE ORÍ
     
Por seu grau de importância, nas  esculturas africanas, a cabeça
é desproporcionalmente maior que seu corpo
Orí, cabeça física, é a parte essencial do corpo humano, quando Nos referimos a funções vitais, é encarregado ainda de sediar a  percepção – através dos cinco sentidos além da razão e emoção. É  o receptáculo e difusor das idéias, opiniões, emoções e sofrimentos do indivíduo.
Relativo ao culto, já percebe que também é à parte primor –dial na concepção de destino – sorte  e infortúnio, e é onde    a personalidade encontra-se acolhida.
Uma das formas de demonstração de reconhecimento de sua Importância, é o seu culto, que se faz através de orações matinais e oferendas regulares.
Toda força que uma pessoa tem está na cabeça. Espiritualmente ela é dividida e ORÍ ODE – cabeça física e ORÍ INÚ – cabeça interior.  A primeira, possui atributos relativos a sabedoria medicinal e a parte de Orí  que se presta aos rituais de iniciação, a segunda tem como fi-nalidade absorver a sabedoria divina- ligada a Ifá – e  é a essência da personalidade.
Orí tem atribuiçãoes genéricas, mas cada um possui a sua individualidade.  Olóri rere – cabeça boa que recebeu Orí bom e
Olorí buruku – cabeça fraca cujo destino pode ser sinuoso. Vale ressaltar que nenhum Orí é essencialmente mau, o destino é fator que pode afetá-lo.
Criado por ÀJÀLÀ, Orí Inú  é  a essência espiritual, é imortal e controla Orí  ODE . É o Orí Inú que determina as condições de Orí Ode, que muitas vezes podem ser contrárias às do Òrisà .
Orí inú e Orí ode detém fatores contraditórios em sua natureza e o objetivo do culto de Orí, em especial, o Bori, é preservar o equilíbrio.  O bom Orí é o fator determinante da vida do homem sobre a terra.




 XANGÔ

LIVRO : Mitologia dos Orixás
AUTOR : Reginaldo Prandi – Pág.: 263
ESTADO : Original


XANGÔ DÁ A OBALUAYÊ OS CÃES DE OGUM


Xangô era uma homem muito popular.

Um dia, na praça, um leproso de nome Obaluayê o procurou.

“Por que não falas comigo ?” , perguntou o pestilento.

Xangô respondeu-lhe que seu pai Obatalá lhe havia dito que naquela terra ele tinha um irmão de sangue e um irmão adotivo.
E era só com eles que ele queria conversar.

Disse-lhe Obaluayê ser ele o seu irmão por adoção e que o outro homem ali presente era seu irmão inteiro.

Esse outro era Ogum, que andava sempre acompanhado de muitos cães.

Xangô disse a Obaluayê que aquela terra não lhe pertencia, que seguisse para terras distantes, onde encontraria melhor sorte.

Obaluayê retrucou da dificuldade em seguir caminho naquelas condições de doença em que se encontrava.

Xangô tomou então dois cães de Ogum e os deu a Obaluayê, para que lhe servissem de guias e guardiões.

Mas Ogum não gostou de perder os cães e atacou Xangô.

Iniciou-se um conflito de grandes proporções entre os dois.

Desde então, Xangô e Ogum, apesar de irmãos, tornaram-se eternos e irreconciliáveis antagonistas.

Desde então chamam Ogum de Ogunjá, que na língua da terá quer dizer Ogum dos Cães.



O MITO DA MÃE DA TERRRA

Mito de Onilé

Onilé era a filha mais recatada e discreta de Olodumare.
Vivia trancada em casa do pai e quase ninguém a via.
Quase nem se sabia de sua existência.
Quando os orixás seus irmãos se reuniam no palácio do grande pai
para as grandes audiências em que Olodumare comunicava suas decisões,
Onilé fazia um buraco no chão e se escondia,
pois sabia que as reuniões sempre terminavam em festa,
com muita música e dança ao ritmo dos atabaques.
Onilé não se sentia bem no meio dos outros.
 
Um dia o grande deus mandou os seus arautos avisarem:
haveria uma grande reunião no palácio
e os orixás deviam comparecer ricamente vestidos,
pois ele iria distribuir entre os filhos as riquezas do mundo
e depois haveria muita comida, música e dança.
Por todos os lugares os mensageiros gritaram essa ordem
e todos se prepararam com esmero para o grande acontecimento.
 
Quando chegou por fim o grande dia,
cada orixá dirigiu-se ao palácio na maior ostentação,
cada um mais belamente vestido que o outro,
pois este era o desejo de Olodumare.
Iemanjá chegou vestida com a espuma do mar,
os braços ornados de pulseiras de algas marinhas,
a cabeça cingida por um diadema de corais e pérolas,
o pescoço emoldurado por uma cascata de madrepérola.
Oxóssi escolheu uma túnica de ramos macios,
enfeitada de peles e plumas dos mais exóticos animais.
Ossaim vestiu-se com um manto de folhas perfumadas.
Ogum preferiu uma couraça de aço brilhante,
enfeitada com tenras folhas de palmeira.
Oxum escolheu cobrir-se de ouro,
trazendo nos cabelos as águas verdes dos rios.
As roupas de Oxumarê mostravam todas as cores,
trazendo nas mãos os pingos frescos da chuva.
Iansã escolheu para vestir-se um sibilante vento
e adornou os cabelos com raios que colheu da tempestade.
Xangô não fez por menos e cobriu-se com o trovão.
Oxalá trazia o corpo envolto em fibras alvíssimas de algodão
e a testa ostentando uma nobre pena vermelha de papagaio.
E assim por diante.
Não houve quem não usasse toda a criatividade
para apresentar-se ao grande pai com a roupa mais bonita.
Nunca se vira antes tanta ostentação, tanta beleza, tanto luxo.
Cada orixá que chegava ao palácio de Olodumare
provocava um clamor de admiração,
que se ouvia por todas as terras existentes.
Os orixás encantaram o mundo com suas vestes.
Menos Onilé.
Onilé não se preocupou em vestir-se bem.
Onilé não se interessou por nada.
Onilé não se mostrou para ninguém.
Onilé recolheu-se a uma funda cova que cavou no chão.
 
Quando todos os orixás haviam chegado,
Olodumare mandou que fossem acomodados confortavelmente,
sentados em esteiras dispostas ao redor do trono.
Ele disse então à assembléia que todos eram bem-vindos.
Que todos os filhos haviam cumprido seu desejo
e que estavam tão bonitos que ele não saberia
escolher entre eles qual seria o mais vistoso e belo.
Tinha todas as riquezas do mundo para dar a eles,
mas nem sabia como começar a distribuição.
Olorum refletiu por um bom tempo e disse
que seus próprios filhos tinham feito suas escolhas.
Ao escolherem o que achavam o melhor da natureza,
para com aquela riqueza se apresentar perante o pai,
eles mesmos já tinham feito a divisão do mundo.
Então Iemanjá ficava com o mar,
Oxum com o ouro e os rios.
A Oxóssi deu as matas e todos os seus bichos,
reservando as folhas para Ossaim.
Deu a Iansã o raio e a Xangô o trovão.
Fez Oxalá dono de tudo o que é branco e puro,
de tudo o que é o princípio, deu-lhe a criação do homem.
Destinou a Oxumarê o arco-íris e a chuva.
A Ogum deu o ferro e tudo o que se faz com ele,
inclusive a guerra.
E assim por diante.
Confirmou Exu no cargo de mensageiro dos deuses,
pois nenhum outro era capaz de se movimentar como ele.
Mas como Exu se cobrira todo com búzios para a reunião,
e como búzio era dinheiro, Olodumare também dava a ele
o patronato dos mercados e o governo das trocas.
 
Olodumare deu assim a cada orixá um pedaço do mundo,
uma parte da natureza, um governo particular.
Dividiu de acordo com o gosto de cada um.
E disse que a partir de então cada um seria o dono
e governador daquela parte da natureza.
Assim, sempre que um humano tivesse alguma necessidade
relacionada com uma daquelas partes da natureza,
deveria pagar uma prenda ao orixá que a possuísse.
Pagaria em oferendas de comida, bebida ou outra coisa
que fosse da predileção do orixá.
Os orixás, que tudo tinham ouvido em silêncio,
começaram a comemorar, cantando e dançando de júbilo.
Era grande o alarido na corte, a festa começava.
Mas Olorum  levantou-se e pediu silêncio,
pois a divisão do mundo ainda não estava concluída.
Disse que faltava ainda a mais importante das atribuições.
Que era preciso dar a um dos filhos o governo da Terra,
o mundo no qual os humanos viviam
e onde produziam as comidas, bebidas e tudo o mais
que deveriam ofertar aos orixás.
Disse que dava a Terra a quem se vestia da própria Terra.
Quem seria? perguntavam-se todos.
“Onilé”, respondeu Olodumare.
“Onilé?” todos se espantaram.
Como, se ela nem sequer viera à grande reunião?
Nenhum dos presentes a vira até então.
Nenhum sequer notara sua ausência.
“Pois Onilé está entre nós”, disse Olodumare,
e mandou que todos olhassem no fundo da cova,
onde se abrigava, vestida de terra, a discreta e recatada filha.
Ali estava Onilé, em sua roupa de terra.
Onilé, a que também foi chamada Ilé, o país, o planeta.
Olodumare disse que cada um que habitava a Terra
pagasse  tributo a Onilé,
pois ela era a mãe de todos, o abrigo, a casa.
A humanidade não sobreviveria sem Onilé.
Afinal, onde ficava cada uma das riquezas
que Olodumare partilhara com os filhos orixás?
“Tudo está na Terra”, disse Olodumare.
“O mar e os rios, o ferro e o ouro,
os animais e as plantas, tudo”, continuou.
“Até mesmo o ar e o vento, a chuva e o arco-íris,
tudo existe porque a Terra existe,
assim como as coisas criadas para controlar os homens
e os outros seres vivos que habitam o planeta,
como a vida, a saúde, a doença e mesmo a morte.”
Pois então, que cada um pagasse tributo a Onilé,
foi a sentença final de Olodumare.
Onilé, orixá da Terra, receberia mais presentes que os outros,
pois deveria ter oferendas dos vivos e dos mortos,
pois na Terra também repousam os corpos dos que já não vivem.
Onilé, também chamada Aiê, a Terra, deveria ser propiciada sempre,
para que o mundo dos humanos nunca fosse destruído.
Todos os presentes aplaudiram as palavras de Olodumare.
Todos os orixás aclamaram Onilé.
Todos os humanos propiciaram a mãe Terra.
 
E então Olodumare retirou-se do mundo para sempre
e deixou o governo de tudo por conta de seus filhos orixás.



ORIGEM TEOGÔNICA E TEOLOGIA
HISTÓRIA AFRO-NEGRA

  De todas as teorias conhecidas até a presente data, somente a de Claperton (Travels and Discoveries in Northen and África –
1822/1824) fornece dados analíticos comprovados para uma idéia definitiva da origem dos povos africanos.
   Ela identifica Nimrod, o conquistador, com ODUDUWA,
Reconhecidamente fundador do Império Yorubano. Os mesmos fatos descritos na Bíblia (em Juizes 6,28-33) são atribuídos a ODUDUWA  no período de preestabelecimento do seu Império.
Segundo Claperton, os “habitantes da província de Yarba são supostamente descendentes dos filhos de Canaã que pertenciam à tribo de Nimrod. Desse ponto de origem, avançaram para o interior da África até Yarba, onde fixaram residência. Ao longo de seu caminho, pararam em vários lugares desmembrando-se em pequenas tribos da mesma origem étnica. Assim, supõe-se que todas as tribos do Sudão que habitam as montanhas são oriundas deles, bem como os habitantes de Ya-ory. Também a mesma descrição é dada ao povo de Neofee (Nupe). No nome LAMURUDU ou NAMURUDU podemos facilmente reconhecer a modificação fonética do nome  Nimrod”.  Se este Nimrod era conhecido por “o forte”, o filho de Hasoul, ou Nimrod, o “guerreiro” bíblico, ou ainda se ambos eram a mesma pessoa, não podemos afirmar. Porem, o conteúdo das teses não só confirma  as tradições da origem como garante a luz de veracidade na lenda.   É sabido que os descendentes de Nimrod,
(fenícios) foram levados a guerrear contra os filhos de Ismael e depois foram perseguidos, por razões religiosas, até a África.  Da mesma  forma, historicamente, temos aqui a origem do termo Yoruba , oriundo da localidade denominada YARBA, primeiro ponto de estabelecimento desse povo na África.  Yarba é sinônimo do termo YARRIBA, que os Haussas usam para identificar a palavra  Yorubá.
   Os manuscritos, achados arqueológicos e lendas levam à veneranda figura do ancestral dessa raça, acentuando profundamente a forma  egípcia em seu todo.  A mais famosa de todas as peças encontradas até os dias de hoje, e considerada como uma das “maravilhas de Ifé”, é o “OPA ORANIAN” (monólito de Oranian), um obelisco tido como o túmulo desse herói, e que possui características de origem fenícia. Nesse mesmo monólito, encontramos palavras pertencentes a Kaballah hebraica inscritas de forma clara e evidente, como uma mensagem à posteridade. As palavras(símbolos) são YOD, RESH, VO, BETH  e ALEPH , definição hebraica do nome  YORUBA , e cuja tradução seria a seguinte :

YOD = A DIVINDADE POR ORDEM DA
RESH = UNIDADE PSÍQUICA DO SER
VO = DEU ORIGEM
BETH = AO MOVIMENTO DE LUZ, OBJETO CENTRAL
ALEPH = DE ESTABILIDADE COLETIVA DO HOMEM.

   Assim, os símbolos Yod e resh comporiam as letras Y –O-R, o símbolo VO a letra U, o símbolo Beth a letra B e o símbolo Aleph a letra A :

YOD  =    YO
RESH =    R
VO      =    U
BETH =    B
ALEPH = A

   Ao mesmo tempo em que se tem a definição da origem cabalística da palavra YORUBA, temos no mesmo monólito a profecia que define a implantação do império YORUBANO por NIMROD, sob o nome de ODUDUWA.   A Divindade  seria Oduduwa , por ordem da unidade psíquica do ser, seria por ordem de Deus.  Deu origem ao movimento da luz, seria o movimento migratório da raça sob efeitos religiosos, Objeto Central de Estabilidade Coletiva do Homem , a fundação da antiga cidade de ILÉ IFÉ , berço da CULTURA YORUBANA .
   Essa tese é definida por teólogos e africanos ligados ao estudo básico da religião negra.  No entanto, durante o período colonialista franco-britânico, injunções foram feitas para distorcer os conceitos religiosos africanos.  Entre eles podemos citar a mutação teogônica  da divindade ESU / EXU – que, deixando de ser o Deus da fertilidade, transformou-se (por imposição colonialista) em Deus do Mal, ou Diabo.  A religião negra, monoteísta de origem, passou a ser classificada como idolatria pagã.  Sabemos que um dos princípios básicos de qualquer domínio estrangeiro (colonialista) é a destruição psicológica dos mitos, lendas, tradições e conceitos locais do povo a ser dominado, pois, dessa forma, a submissão será pacífica e duradoura.
   Sabemos também que  a Igreja Católica e a Protestante Anglicana, reconhecidamente as primeiras multinacionais da humanidade, desempenharam um papel importante na destruição das culturas Afro-orientais.  Mesmo após as descobertas, por teólogos da implantação colonialista , da identificação total  entre OLORUN  e JEOVAH, os pesquisadores mantiveram e acirraram a campanha de desmistificação das religiões negras, classificando essas divindades como demônios pagãos.
Dessa forma, poderiam facilmente promover uma mudança ideológica e teológica nos povos dominados. Esse fato pode ser constatado quando vemos os africanos de hoje definirem a palavra  BABÀLORISÀ como
“sacerdote de culto idolatra”.
   Dentro desse contexto, os colonizadores impuseram seus sistemas e religião aos africanos, que, de uma certa forma conseguiram resistir às incursões inquisitoriais dominantes apegando-se a seus usos e costumes, ainda que assimilando em parte a religião católica ou protestante.  Desse modo foi possível à aceitação do Cristo, sem interferência noculto aos  ORISÀ e EGUNGUN,  pois estes fazem parte da tradição original.  Isso sem se partir para um sincretismo católico-fetichista.
   Mesma sorte não  mereceu os escravos trazidos para as Américas do Norte , Central e do Sul.  Na primeira, os negros abandonaram seus costumes, conseqüentemente suas divindades,e, abraçando a religião predominante, transportaram seus ritmos e cânticos para o “soul” e o “jazz”, perdendo porém o contato com suas raízes. Tal situação embruteceu consideravelmente os descendentes dos primeiros africanos da América do Norte, que, mesmo adotando a religião, os usos e costumes dos brancos daquela terra, se viram repentinamente obrigados a enfrentar o racismo dos seus catequizadores.   E, nessa hora, a religião que lhes fora imposta , a qual pregava que todos os homens eram iguais perante Deus,
Abandonava-os, deixando-os entregues à sua própria sorte, com os olhos voltados para o outro lado do Atlântico a procura da Velha África de seus ancestrais.
   Para os africanos do Caribe, a sorte bafejou-os, de certa forma, com a criação da primeira República Negra das Américas, o Haiti, e a conservação da cultura original (sem muitas deturpações) na Jamaica e em Cuba.
   Na América do Sul, onde o contingente de escravos trazidos oscila entre 10 e 13 milhões, temos dois aspectos importantes a enfocar:

1)     O advento de ROSAS e URQUIZA na Argentina, que, permitindo a criação de ‘Republicas Negras” e reprimindo-as, propiciou ao sul do Brasil (Rio Grande do Sul) receber os últimos descendentes da Cultura OYÒ (e únicos no Brasil) que participaram ativamente do desenvolvimento daquele Estado, contribuindo ainda mais para  a solidificação da Cultura Afro-brasileira com suas tradições oriundas da cidade fundada por ORANIAN.
2)     O Brasil, apesar do sistema inquisitorial vigente à época e de conseqüente aparição do sincretismo católico-fetichista (Umbanda), conservou certas tradições africanas, algumas com grandes deturpações, porem com um saldo positivo plenamente identificável no Samba, Candomblé e Culinária.

    No aspecto teogônico original, presume-se que  ODUDUWA teria ido para  a África a mando de OLODUNMARÉ (JEOVAH) para redimir os descendentes de CAIM (HOTENTOTES), que, à  semelhança  de seu ancestral, carregavam o sinal da BESTA na testa (Gen. 4, cap. 15 e 16) .
   Voltando ao conceito original, encontramos um inicio filosófico na Cultu
ra e Religião Yorubanas :
1)     NIMROD encontra-se com Deus (JEOVAH) sob o nome de OLODUNMARÉ.
2)     Após pacto semelhante ao que foi feito entre o mesmo Deus e ABRAÃO, NIMROD troca de nome, passando a chamar-se ODUDUWA.
3)     ODUDUWA (Nimrod), filho de OLODUNMARÉ  (Jeovah), parte para a Terra Prometida (vide Gen. 12 , cap. 1 a 3, Gen. 17 cap. 4 a 6)
4)     Nimrod era descendente de Noé,neto de Caim (camita) e filho de Cusi (Kusí) (Gen. 10, cap 8 e 9).
5)     ABRAÃO(ex- Abraão), descendente de Sem (semita) e ODUDUWA (ex Nimrod), descendente de Caim (camita), eram parentes.
6)     Data presumível da existência de Noé :2300 a 2140 a.C .
7)     Data presumível da existência de ABRAÃO e ODUDUWA : 2000 a 1800 a.C.

Etimologia

OLODUNMARE – Oló          = Senhor
                                  Odu         = Destino
                                    Maré       = Supremo

                                  =  Deus, Senhor do destino Supremo
   Corresponde à personalidade de Deus, com o nome de Shadai ou Alhim Tsebaoth (Kaballah), ou ainda Javé.


ODUDUWA       -  Odú           = recipiente, autogerador
                                Da             = criador
                                Iwá            = existência
Oduduwa, o ser criador da existência terrena (vida), corresponde à figura de  ORISÀALÀ.


OLÓKUN         -  Oló (Oluwá)  = Senhor(a), dono(a),proprietário(a)
                              Okun             = Oceano, alto-mar
Olókun, senhor(a) dono(a) dos oceanos.

   Dessa forma ODUDUWA (Nimrod) une-se a OLÓKUN (Oceano), assumindo a forma de OBA-OLOKUN (Rei dos Oceanos), tendo três filhos:  ÒGÚN, equivalente a Vulcano, senhor do ferro, fígado, agricultura; ISEDALE , equivalente a Afrodite, senhora das águas e mãe de todas as ninfas e heroínas deíficadas ; e OKANBI, senhor do fogo, das conquistas e da justiça.  Com OKANBI, começa a epopéia dos Heróis Yorubanos, pois dentre seus sete filhos aparece ORANIAN, cujo papel de implantação definitiva da Cultura Yorubana é inargüível.  Independentemente de ter tentado continuar a missão de seu avô ODUDUWA em sua Guerra Santa contra os descendentes de Ismael, transformou-se na maior figura dessa cultura, a tal ponto que é o mais famoso dos sete filhos de OKANBI.
   Para tal, repetindo a façanha de Jacó com seu irmão Esaú, torna-se detentor de todas as terras da África Ocidental, instituindo o primeiro Feudo de que se tem noticia, instalando-se definitivamente em Ilé Ifé . 
Oranian afastou-se temporariamente de Ifé para ocupar a antiga cidade  de OYÒ , cujo trono passa a chamar-se “ITE ALAFIN”.
   EM MEMÓRIA DE SEU PAI, Okanbi, confere a este a honra post-mortem, de ser o primeiro Alafin de Oyò, uma vez que, pelo fato de ter nascido após a coroação de Okanbi, foi considerado o “Aremo OYE”
(primeiro nascimento após o trono em linha de sucessão). Oranian reservou a si a posição de segundo Alafin  de Oyò e senhor do Palácio Real de Ilé Ifé  (Owoni ti Ilé Ifé). Oranian foi pai de Ajuan (ou Ajaká) e Olufiran  ou (Sàngó). Com o nascimento de Ajaká e  Sàngó começa propriamente a dinastia dos Oyós.

CRONOLOGIA

OKANBI   -  Primeiro Alafin de Oyò -  1700 a 1600 a.C.
ORANIAN-  Segundo  Alafin de Oyò -  1600 a 1500 a.C.
AJAKÁ -      Terceiro  Alafin de Oyò -   1500 a 1450 a.C.
SÀNGÓ  -     Quarto Alafin de Oyò   -    1450 a 1403 a.C.
AJAKÁ -       Quinto Alafin  de Oyò  -     1403 a 1370 a.C.                  








                                

                                                 OLOKUN  IBA

   

terça-feira, 15 de março de 2011

quinta-feira, 10 de março de 2011

Mãe de toda a familia lovação

Oriki Yemoja
Elogiando o Espírito da Mãe dos Filhos Peixes

Agbe ni igbe're ki Yemoja Ibikeji odo.
É o pássaro do que leva fortuna boa ao Espírito da Mãe da Pesca,
a Deusa do Mar.
Aluko ni igbe're k'losa, ibikeji odo.
É o pássaro Aluko que leva fortuna boa ao Espírito da Laguna,
o Assistente para a Deusa do Mar.
Ogbo odidere i igbe're k'oniwo.
É o papagaio que leva fortuna boa ao Chefe de Iwo.
Omo at'Orun gbe 'gba aje ka'ri w'aiye.
É crianças que trazem fortuna boa de Céu para Terra.
Olugbe-rere ko, Olugbe-rere ko, Olugbe-rere ko,
O Grande que dá coisas boas, o Grande que dá coisas boas,
o Grande que dá coisas boas.
Gbe rere ko ni olu-gbe-rere.
Me dê Coisas Boas do Grande que dá Coisas Boas
Ase!
Assim seja !

oriki de Esu (mensageiro de Deus)

Oriki Esu –
Elogiando o Divino Mensageiro
Esu,
Mensageiro Divino,
Esu Odara,
Mensageiro Divino de Transformação,
Esu lanlu ogirioko.
Mensageiro Divino fala com poder.
Okunrin ori ita,
Homem das encruzilhadas
A jo langa langa lalu.
Dance ao tambor.
A rin lanja lanja lalu.
Titile o dedo do pé do tambor.
Ode ibi ija de mole.
Mova além de discussão.
Ija ni otaru ba d'ele ife.
Discussão está ao contrário do espírito de Céu.
To fi de omo won.
Una os pés instáveis de desmamar as crianças.
Oro Esu to to to akoni.
A palavra do Mensageiro Divino sempre é respeitada.
Ao fi ida re lale.
Nós usaremos sua espada para tocar a Terra.
Esu ma se mi o.
Mensageiro Divino não me confunde.
Esu ma se mi o.
Mensageiro Divino não me confunde.
Esu ma se mi o.
Mensageiro Divino não me confunde.
Omo elomiran ni ko lo se.
Deixe outra pessoa seja confundido.
Pa ado asubi da.
Vire meu sofrimento.
No ado asure si wa.
Me dê a bênção do calabaça.
Ase.
Assim seja.