CRENÇAS DE FÉ

A morte não é o fim mais uma continuidade !!!!

quinta-feira, 10 de março de 2011

O grande Sangô lovação

Oríkì Sango

 

Alaafin, ekun bu, a sa
Alaafin, (o rei de Oyo) rosnadura como um leopardo e as pessoas corridas fora
Eleyinju ogunna
Um cujos globos oculares ardem como carvão
Olukoso lalu
Olukoso, o famoso da cidade,
A ri igba ota, segun
Um que usa centenas de cartuchos para ganhar vitória na guerra
Eyi ti o fi alapa segun ota re
Um que usou pedaços de paredes quebradas para derrotar os inimigos dele
Kabiyesi o
Nós o honramos
Ase
Assim seja

Um comentário:

  1. Xangô é na diáspora o representante de todos os reis da África antiga, pré-colonial. Seu culto faz referência a existência de uma confraria religiosa voltada a veneração da memória dos antigos monarcas yorubás. Resquícios deste antigo culto, ao que tudo indica, chegou ao Brasil, podendo ser encontrado, segundo pesquisadores, em tradições religiosas perpetuadas no chamado Batuque sulista. No entanto, ao consideramos Xangô como um ancestral divinizado, incontáveis questionamentos se avultam. Sobretudo por Xangô ser o mentor espiritual de todos os cultos de matriz africana na diáspora.
    Em verdade, a questão do orixá como sendo um ancestral divinizado, amplamente difundido na África, não é aceito no Brasil. Para os brasileiros, adeptos do candomblé, o orixá nunca teve vida terrena. Não podendo desta forma ser considerado um egum, cujo entendimento é muitas vezes considerado pernicioso. No entanto esse conceito não surge ao acaso, uma vez que encontra respaldos em esclarecimentos proferidos pelos próprios africanos ao longo dos tempos. Neles é dito que um Egum, por mais popular que seja, jamais poderá ser considerado um orixá. Também é proferido que durante o culto egum, os adeptos dos orixás devem se afastar.
    Ora, aqui temos separamos com uma grande contradição, pois sabemos que muitos templos de candomblé possuí Egum assentado. Mas a questão não é essa, mas sim quem são os orixás de fato. A essa pergunta temos duas resposta, os orixás seriam seres cósmicos, que em algum momento do passado coabitaram junto aos seres humanos sob uma forma humana ou habitaram a Terra antes dos seres humanos. Vários itans do Ifá nos sugerem essas hipóteses, em cujos relatos são descritos seres, aparentemente humanos, realizaram prodígios excepcionais. Como o surgimento do homem, geneticamente comprovado, surgiu na África, esses dados ganham grande relevância. Sobretudo pelo fato de alguns itans do Ifá fazerem alusão a um períodos de tempo muito remoto, são esses itans considerados extremamente raros, de difícil decodificação. Em alguns desses itans, os chamados Babá Egungun, são descritos como seres criados pelos orixás antes dos homens. Sendo por isso considerados seus ancestrais.

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