Crenças e mitos
OS YORUBÁ, COMO OS DEMAIS GRUPOS AFRICANOS, CRÊEM NA EXISTÊNCIA
ATIVA DOS ANTEPASSADOS. A MORTE NÃO REPRESENTA SIMPLESMENTE UM FIM DA VIDA HUMANA, MAS A VIDA TERRESTRE SE PROLONGA EM DIREÇÃO À VIDA ALÉM – TÚMULO, EXATAMENTE EM ALGUM DOS NOVE ESPAÇOS DO ORUN, O DOMÍNIO DOS SERES DESPROVIDOS DO ÈMÌ. ASSIM, A MORTE NÃO REPRESENTA UMA EXTINÇÃO, MAS MUDANÇA DE UMA VIDA PARA OUTRA. OS ANTEPASSADOS OU ANCESTRAIS SÃO DENOMINADOS ÒKÚ ÒRUN E ÀGBAGBÀ, OU AINDA PELO TÍTULO DE ÉSÀ, USADO PARA REVERENCIAR OS ANCESTRAIS NOS RITOS DE ÌPÀDÉ, DOS CANDOMBLÉS DO BRASIL. UM ANTEPASSADO É ALGUÉM DE QUEM UMA PESSOA DESCENDE, SEJA ATRAVÉS DO PAI OU DA MÃE, EM QUALQUER PERÍODO DO TEMPO, E QUE O SER VIVENTE CONSERVA RELAÇÕES FILIAIS AFETUOSAS. Somente alcançarão a condição de ancestral com merecimento de culto aqueles que atingiram uma idade avançada, com uma vida de boa qualidade e trabalho expressivo para a sociedade, além de terem deixado bons filhos.
Para os Yorubá, um casamento sem filho é algo mal sucedido. Na verdade, seu sistema de valores tem pôr base três coisas: Owó, dinheiro, Omó, filhos, e Àíkú, vida longa. A vida longa é considerada a mais importante porque proporciona a oportunidade que pode tornar possível as duas outras. São esses e toda a linhagem de gerações passadas que, depois da morte se transformam, para seus familiares. Embora os ancestrais compreendam membros masculinos e femininos das gerações anteriores, os ancestrais masculinos são os mais importantes. Ao seguirem para o Òrun, os ancestrais são libertos de todas as restrições impostas pela terra; dessa forma, adquirem potencialidades que podem ser usadas para beneficiar seus familiares que ainda estão na terra. Pôr essa razão, é necessário mantê-los num estado de paz e contentamento.
Quando dissemos que existe um culto ao ancestral, queremos dizer que o que existe de fato é uma manifestação de relacionamento familiar indestrutível entre o familiar que partiu e seus descendentes que aqui ficaram. A palavra culto então colocada tem o significado de homenagem que melhor expressa o nosso entendimento sobre o assunto. O encaminhamento do espírito, depois dos rituais realizados, corresponde a passar de volta pelo portão do Oníbodè em direção a Olódùmarè, para receber o julgamento de seus atos na terra. De acordo com o Òrun ao qual foi destinado, continuará a exercer suas funções familiares, agora de modo mais poderoso sobre seus descendentes que a ele continuam a se referir como bàbá mi – Meu pai, ou ìyá mi – Minha mãe. Esta forma salienta o amor e a afeição que caracterizam as relações de ambos.
“Eu vou falar com o espírito de meu pai”, mas sim, “Eu vou falar com o meu pai”, numa comprovação de que eles continuam a Ter o título de relacionamento que tinham enquanto chefes de família . O fim da vida na terra envolve a questão a respeito do que se transforma o homem após a vida atual. Toda religião encara isto: nascimento, vida e morte( ìbí, ìyé àti ikú) ; o pós- vida – iyè lébìn kú; o julgamento divino – ìdájó ti Olórun; e o possível retorno em outra vida, sucessivamente – Àtúnwa.
ÌKÚ – MORTE - É visto como um agente criado pôr Olódùmarè para remover as pessoas cujo tempo na Terra tenha terminado. A morte é denominada Ìkú, e trata –se de um personagem masculino. Sua lógica é para as pessoas mais velhas, e que, dadas certas condições, devem viver até uma idade avançada. Pôr isso , quando uma pessoa jovem morre, o fato é considerado tragédia; pôr outro lado, a morte de uma pessoa idos é ocasião para se alegrar. Sobre isto, costuma –se dizer Ikú Kí pani, ayò I’o npa ni – “a morte não mata, são os excessos que matam”. O odú òyèkú méji revela, em um de seus ìtàn, que a morte começou a matar depois que sua mãe foi espancada e morta na praça do mercado: No dia em que a mãe da morte foi espancada No mercado de Ejìgbòmekùn A morte ouviu E gritou alto, enfurecida A morte fez do elefante a esposa de seu cavalo Ele fez do búfalo sua corda Fez do escorpião o seu esporão bem firme pronto para a luta.
Posteriormente, a morte foi subjugado depois que seus inimigos conseguiram que ela comesse o que era proibido comer, segundo o conceito do èwò, visto anteriormente ,só conhecido através do jogo de Ifá. Neste relato, é a esposa de Ikú, Olójòngbòdú, que revela este segredo: Nós consultamos Ifá para Olójòngbòdú, Mulher de Ikú , Ela foi chamada cedo, pela manhã , Eles perguntaram o que seu marido não podia comer , Que o tornasse capaz de matar outros filhos de pessoas ao redor? Ela disse que a Morte, seu marido, não podia comer ratos Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse ratos? Ela disse que as mãos da morte tremeriam sem parar Ela disse que a Morte, seu marido, não podia comer peixe Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse o peixe? Ela disse que os pés da Morte tremeriam sem parar Ela disse que a morte, seu marido, não podia comer ovo de pata Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse ovo de pata? Ela disse que a morte vomitaria sem parar. A conclusão deste odú é que foram dados á morte todos os alimentos proibidos, o que a fez acalmar e impedir a sua tarefa que estava sendo feita sem qualquer critério, ou seja, a Morte foi subjugada apenas depois que seus inimigos conseguiram que ele comesse o que era proibido comer. Verificamos novamente a importância do respeito ás coisas proibidas, éwò, cujo conhecimento só é possível através do sistema de Ifá.
Devemos registrar que, no processo de divinização de Ifá, ocorrendo a caída deste odú, irá revelar vitória de qualquer pessoa sobre a morte. Embora a morte seja inevitável, e imprevisível, vimos que ele pode sofrer alterações através da intervenção de Òrúnmìlá ou de qualquer outro Òrísà junto a Olódùmarè, e isto é previsto em outro mito, quando Èsú consegue subornar o filho de Ikú, que revela o modo pelo qual Ikú matava com o uso de uma clava a fonte indispensável de seu poder. Sem essa clava , Ikú tornava –se impotente. Èsú foi ajudado pôr Ajàpàá, a tartaruga, que conseguiu o que desejava, conforme o dito Ajàpàá gbé òrúkú I’owó Ikú – “A tartaruga tirou a clava das mãos de Ikú”. Posteriormente, fez um pacto com Òrúnmìlá, com a condição dele ajudá- lo a recobrar a sua clava; em troca, Ikú só levaria aqueles que não se colocarem sob a proteção de Òrúnmìlá ou aqueles que estivessem com a data já determinada para o fim de suas vidas na terra. Isto reflete a necessidade de um constante acompanhamento da situação de uma pessoa através do jogo. Daí o provérbio Arùn I’a wò, a Ki Wo Ikú – “A doença pode ser curada a morte não pode ser remediada”. E ainda o odú Irò-sùn – oso revela:
Se Ikú não chegar, adoremos Òsùn
Se Ikú não chegar, adoremos Òrìsá
Se ikú realmente chegar, não adianta Ikú receber sacrifício.
Àşé Òrun
Nosso Blog busca amigos que ame a cultura de matriz africana.Não queremos impor mas demonstrar de forma simples a filosofia dos orisás.o obrigado, muito asé!
CRENÇAS DE FÉ
A morte não é o fim mais uma continuidade !!!!
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
NOME NO CULTO DOS ORISAS
A ORIGEM E A INFLUÊNCIA DOS NOMES RELIGIOSOS NA VIDA DAS PESSOAS AFRO-DESCENDENTES
Deus criou tudo, e todos que nele vivem. Os seres humanos adquiriram o controle nomeando as criações: plantas, animais, a natureza tudo em fim.
No inicio um nome era suficiente par identificação dos seres distinguindo a espécie de cada criatura. O ser humano facilitou a identificação com o crescimento das famílias e a população das comunidades, povos e afinal países.
Um dos objetivos das ciências ocultas é desvendar e classificar os fenômenos que influenciam a vida das pessoas. Estes fenômenos podem ser originados através da natureza: ÁGUA, FOGO, DIA, NOITE etc. ou de outros acontecimentos também natural na vida dos homens e animais, como nascimento e a morte.
Os animais não têm individualidade. Os homens possuem entre si diferenças específicas. Por isso cada um possui seu nome próprio que irá compor sua identidade. O nome é um dos fatores que dirige o caráter e o destino do ser humano.
Os orientais do Egito utilizaram a numerologia para estudar as influências que o nome tem sobre a vida de cada pessoa, da mesma forma que os hebreus.
Entretanto, os nomes são escolhidos através da crença ou religião.
No Brasil, somente os Cartórios de Registros Civis são autorizados a registrar ou dar nome às pessoas. Os Padres da Igreja Católica batizam as pessoas como consagração dos nomes. Até as pessoas que são de outras religiões consideram tabu não serem batizados na Igreja Católica. É obvio que a Igreja não adotaria ou mesmo permitiria nomes Africanos pois não possuem origem Bíblica. Os Cartórios também censuram os nomes de origem Indígenas e Africanos.
Após 500 anos de descobrimento, a Legislação Brasileira não possui critérios para que os Cartórios registrem nascimentos.
Lei n° 6015/73
Art. 55: Os Oficiais do Registro Civil decidem sobre nomes que exponham ao ridículo o seu portador ou seja não registrarão, e quando os pais não se conformarem com a recusa do oficial, este submeterá por escrito o caso.
As igrejas e os Cartórios popularizam os nomes Bíblicos e dos Santos sem considerar os significados Etnológicos (sua cultura material ou espiritual), e as influências Energéticas que estes nomes exercem sobre seus portadores (por exemplo: Moisés origem Hebraica – nasceu, foi escondido e tirado da água. A sua vida foi marcada pela rejeição, sonhos, humilhação, reconquistas, impaciência, mas com INEFÁVEL (que não se pode exprimir com palavras) força espiritual. Portanto, quem carrega este nome terá influência e personalidade similar (semelhante) a de Moisés. Como pode este nome ter sido dado para uma pessoa de Orisanla)?
Os Yorubás têm tradição própria, e ritual específico par escolha de nome. Este ritual denomina-se : IKOSÈWÁIYÉ e ÌKÓMOJÁDE.
O pai e o Chefe da família receberá o BABALAWO da família para executar a adivinhação de Ifa para saber a vinda e a vida da criança. O BABALAWO, na presença da criança, a mãe, o pai, e o Chefe da família faz a consulta a Ifa. O Odu que acompanhou a criança até a família explicará detalhes da vida que esta criança viverá, as coisas que a favorecerá e desfavorecerá no decorrer de sua vida. Este ritual e processo são chamados IKOSEWAYE.
Ritual de ÌKÓMOJÁDE, começa no primeiro dia de gravidez. O futuro pai inicia sua observação, qualquer mudança ce acontecimento em sua vida e de sua família poderá influir no nome da criança ao nascer. O dia do nascimento e como a criança irá nascer (forma como será o parto), também poderá influenciar no seu nome. O nascimento de uma criança significa ritual de felicidade e festa de ÌKÓMOJÁDE, a festa esta que se realiza nove dias após o nascimento para menino e sete dias após o nascimento para menina. Antes da realização deste ritual, tanto a criança como a mãe não será exposta à luz do dia, se recolhem dentro de casa. No dia da festa a mãe e a criança se aprontam bem cedo antes de nascer o sol: toda a família apreciará o ritual. O Chefe da família coordenará o ritual de ÌKÓMOJÁDE.
As origens e as influências dos nomes yorubá são baseados em várias convicções tais como:
a) CIRCUNSTANCIAIS
b) SOCIAL e POLÍTICA
c) TRADICIONAL e RELIGIÃO
Há um ditado Yorubá que diz: que a casa tem que ser olhada antes de dar o nome ao filho. Vamos analisar essas convicções:
CIRCUNSTANCIAIS:
As circunstâncias que uma criança nasceu determinam seu nome e exerce influência em sua vida.
ABIONA: A criança que nasce na rua, este nome lhe trás uma personalidade aventureira e sem muitas responsabilidades.
TOKUNBO: O filho que nasce fora do país dos pais através do mar, seu nome influência numa personalidade determinada, forte e que procura conseguir o que quer de qualquer forma.
OMOLAJA: O filho que nasceu logo após uma reconciliação de uma briga de seus pais, tem uma personalidade nervosa, insegura porém muito inteligente.
IGE: A criança que nasce de pés para fora (parto a fórceps) tem uma personalidade de pessoa cruel, egoísta e temperamental e sempre consegue o que quer.
OKE: A criança que nasce junto com a placenta será uma pessoa reservada, confusa, medrosa, porém determinada.
BABATUNDE: O nome é dado para o filho que nasce depois da morte do avô é uma pessoa que poderá exercer a personalidade de seu avô.
IYABO: O nome dado para a filha que nasce logo após da morte da avó, poderá exercer a personalidade da sua avó durante a vida.
SOCIAL / POLÍTICA :
FAMÍLIA POBRE
IRETIOLA: O nome dado para menina como de um futuro bom.
OWOWOLE: Este nome significa uma pessoa que pode ter sorte para obter bens materiais para sua vida. Uma esperança para o futuro com muita luta.
FAMÍLIA RICA/FAMOSA
OWOYEMI: O dinheiro fica bem para mim. Será uma pessoa que vai conseguir estabilidade financeira com muita facilidade mas será sempre dependente de alguém.
OLAKUNLE: A riqueza encheu a sua casa, será uma pessoa que terá sorte financeira mas será uma pessoa esbanjadora que não mantém o que tem e não dão valor para o que ganha.
KOFOWOROLA: Não compra honra com dinheiro. Esta pessoa tem tendências a ser arrogante e com muita sorte.
OLABISI: Tem mais honra e será uma pessoa arrogante, trabalhador e livre.
FAMÍLIA REAL
ADEROTIMI: A coroa fica comigo. Será uma pessoa digna, líder e conselheira.
ADENIYI: É uma pessoa que trouxe a honra e a riqueza. Esta pessoa será sempre digna, democrática e líder.
FAMÍLIA DE GUERREIRO
AKINYEMI: É uma pessoa que se orgulha de ser guerreiro e bom para mim. Será sempre uma pessoa valente, vencedora e trabalhadora.
AKINTOLA: É uma pessoa guerreira, que mantém sua honra. Será sempre valente, famosa e terá sucesso.
TRADICIONAL E RELIGIÃO
ABIKU
A criança que nasce mas morre na infância uma ou mais vezes é chamado Abiku. O povo Yorubá acredita que o nome dado para esta criança pode ajudar a prolongar a vida desta criança. Exemplos dos nomes dados são:
JÒÓDÁ: (m/f) O nome dado para chefe dos Abikus. O Ifa-Orunmila no Odu Ogunda-Yeku indicou Etutu para prevenir a morte desta criança. Será uma pessoa carente mas sem piedade.
DUROJAIYE: (m/f) fica conosco e seja feliz, nós imploramos. Será uma pessoa carente mas sem iniciativa.
IGBEKOYI: (m/f) o túmulo rejeito você, porém vive. Terá personalidade nervosa, insegura porém muito inteligente.
LAMBE: (m/f) imploramos a Deus e os Deuses para lhe proteger contra morte. Terá personalidade nervosa, insegura porém muito inteligente.
KOKUMO: (m/f) não morrerá mais, porém os Deuses segurarão. Será uma pessoa carente mas sem iniciativa.
FAMÍLIA DE IFA
AWOLOWO. O segredo tem respeito. Será uma pessoa como muitas sabedorias, espiritualidade e domínios.
IFABUNMI: O Ifa me deu um presente. Será uma pessoa com muitas forças espirituais, calmo e seguro.
FAKAYODE: O Ifa trouxe felicidade para a família. Será uma pessoa com muita sabedoria, calma e seguro.
FAMÍLIA DE ESU
ESUBIYI: Filho nascido com ajuda do Orisa Esu. Será uma pessoa nervosa, vingativa, insatisfeita, mas corajosa.
ESUTOSIN: O Orisa Esu é suficiente para cultuar. Será uma pessoa corajosa e valente.
FAMÍLIA DE ORISALA
EFUNWUNMI: (f) eu adoro Orisala. Será uma pessoa dominadora, correta com espiritualidade e líder.
EFUNLANA: (m/f) O Orisala abriu o cominho. Será uma pessoa com grande sucesso, vitória e domínios.
ORISABUNMI: (f) O Orisala deu uma graça para família. Será uma pessoa dominadora, líder e com grande sucesso.
TAWEDE: (m) este nome saiu de Odu Ofu-sa, um grande devoto de Orisala. Será uma pessoa com grande espiritualidade, sucesso, vitória, domínios e líder.
FAMÍLIA DE OGUN
OGUNBAYO: (m) Ogun encontra com alegria. Será uma pessoa com grande sucesso, vitória , domínio e líder.
OGUNSOLA: (m/f) Ogun da a riqueza. Será uma pessoa com sucesso na vida em geral, mas temperamental.
OGUNTUTU: (f) Ogun acalmou a tensão da família. Será uma pessoa com muita sabedoria, calma e seguro.
OGUNSOLA: (m) Ogun trouxe muita honra. Será uma pessoa corajosa, valente, mas indecisa.
FAMILIA DE OSOOSI
ODEBUNMI: (m/f) Osoosi me deu esse filho de presente. Será uma pessoa compassiva, firme elutadora.
ODENIYI: (m) Osoosi tem prestigio. Será uma pessoa digna, prepotente e sucedida na vida.
FAMÍLIA DE SANGO
SANGOBIYI: (m) Sango ajudou a nascer esse filho. Será uma pessoa com coragem, vitoriosa e nervosa.
SANGOBUNMI: (f) Sango me deu esse filho de presente. Será uma pessoa corajosa, firme e maleável.
SÀNGÓDÁRÁ: (m/f) Sango fez um miraculo de trazer este filho. Será uma pessoa dominadora, prepotente e sucedida na vida.
SANGODELE: (m) Sango veio até em casa. Será uma pessoa com muita proteção, sucesso e sabedoria.
FAMÍLIA DE OSUN
OSUNBUNMI: (f) Osun me deu essa filha de presente. Será uma pessoa dominadora, firme, prepotente e sucedida na vida.
OSUNDIPE: (m) Osun me mandou uma conforta. Será uma pessoa com muita força espiritual, calma e segura.
OSUNYEMI: (m/f) Osun me dê orgulho e é bom para mim. Será sempre uma pessoa valente, vencedora e trabalhadora.
FAMÍLIA DE OYA
OYAKEMI: (f) Oya me deu um privilegio de ter essa filha para cuidar. Será uma pessoa calculista, conquistadora, namoradeira, valente e sucedida.
OYADINA: (m) Oya bloqueio todos os ataques dos inimigos. Será uma pessoa valente, vencedora e trabalhadora.
OYATOPE: (m/f) Oya merece gratidão. Será uma pessoa com muita proteção, sucesso e sabedoria.
FAMÍLIA DE EGUNGUN
OJEWALE: (m) Egungun trouxe um presente para família. Será uma pessoa compassiva, firme e lutadora.
OJEWUNMI: (f) Amor Egungun por ter me dado este presente. Será uma pessoa com muita sabedoria, calma e seguro.
AMUSAN: (m) Odu Okaran-ogunda ou Okaran-eleegun trouxe um devoto para mostrar lealdade e amor dos ancestrais.
FAMÍLIA DE ONILU (ALGBE ou TABAQUEIROS)
AYANDELE: (m) Ayan chegou em casa. Será uma pessoa devota e leal.
AYANGBEMI: (m/f) Ayan me deu seu apoio com esse presente. Será uma pessoa valente, agitada e sucedida.
AYANNIYI: (m) Ayan tem muita honra. Será uma pessoa dominadora, prepotente e sucedida na vida.
FAMÍLIA DE IBEJI
TAIWO: (m/f) O primeiro que nasce entre os gêmeos. Será uma pessoa insegura, indecisa e muito dependente.
KEHINDE: (m/f) O segundo que nasce entre os gêmeos. Será uma pessoa firme, dominadora e conquistadora.
IDOWU: (m/f) O filho que nasce depois dos gêmeos. Será uma pessoa intolerante, encrenqueira, protetor da família e sucedida na vida.
ALABA ou IDOGBE: (m/f) O filho que nasce depois Idowu. Será uma pessoa responsável, observadora e trabalhadora.
ETA OKO : (m/f) O terceiro que nasce entre os trigêmeos. Será uma pessoa responsável, insegura, indecisa e muito dependente.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
DE COMO OGÚN OFERECEU À SUA ESPOSA OYA SEU AKORO Ògún, o ferreiro de Ire, gostava de sua liberdade. Morava na forja, na última rua da cidade, com sua esposa Oyá, que o ajudava. Sua casa não tinha porta ou janela e o teto era formado pelas folhas de mariwo, que impediam a chuva e o excesso de sol de incomodá-lo. Ele via os amigos passarem na rua e os saudava com um aceno. Era considerado homem importante, e fora presenteado pela comunidade com um "akoro", pequena coroa de metal que usava com muito orgulho. Pedira ao seu irmão Ode, o caçador, também chamado Osóòssi, que caçasse para ele um enorme touro selvagem que vivia por perto. Tratou o couro do animal e fez dele um enorme fole. Sua esposa Oyá manejava o fole o dia todo, enquanto ele trabalhava na forja, com o calor em seu rosto. E quem passava naquela rua ouvia a música que saia da forja: "Wuuush", fazia o fole. "Lakaiye, lakaiye", ecoavam a bigorna e o martelo. Havia muito trabalho e Ògún e Oyá não paravam nunca |
Uma família resolveu certo dia realizar uma festa para o velho Pai que morrera no ano anterior. Contrataram a Sociedade Egungun da aldeia, cerimônias de propiciação foram feitas pelos Sacerdotes, e o Egungun do velho Pai passeou todo o dia pela cidade, com a família e os amigos atrás, felizes de rever seu Pai de volta ao mercado, tomando sol na praça, andando na estrada, entrando nas casas, brincando e conversando com todos. Bem mais tarde, Egungun passou pela forja, para rever seu amigo ferreiro. E, ao ouvir a música que saia de lá, pos-se a dançar na rua. Todos ao seu redor riam e gritavam de alegria, Ògún acelerava os movimentos, e o "Lakaiye, lakaiye" saia mais forte. Oyá manejava rapidamente o fole, e ouvia-se "Wuuush, wuuush, wuuush", quase sem parar. O povo aplaudia aquela música e cada vez mais juntava gente ao redor da forja. Ògún estava muito orgulhoso de sua mulher. Ela realmente era muito forte, tinha bom ritmo, sabia como transformar seu fole em um instrumento musical, e com isso encantara e dominar a Egungun, tido como difícil de lidar. A noite caiu e Egungun ainda dançava na rua.
Ògún disse à Oyá que largasse o fole e fosse dançar com Egungun. Ele ao mesmo tempo manejaria o fole e bateria o martelo. E por horas e horas, Oyá e Egungun dançaram e alegraram o povo de Ire. Ògún então tirou seu akoro da cabeça e presenteou com ele sua esposa Oyá, dizendo à ela: "Oyá, iyawo mi, akoro mi lonoon."( Oyá, minha esposa, use meu akoro na rua). E a partir de então, Oyá teve o direito de usar um akoro de metal na cabeça, direito este que conserva até hoje, na velha Mãe África e no novo mundo, sendo a única ayaba que pode fazê-lo, um vez que seu marido Ògún, Alakoro ( o dono do akoro), a autorizou a isto.
Oyá ficou conhecida então como "aquela que usa akoro na rua", "aquela que faz Egungun dançar com a música da forja", "a Mãe que dança com o filho toda a noite sem se cansar", "a poderosa Mãe que conseguiu cansar Egungun", "mulher de Orixá Ògún que recebeu dele o akoro e com ele divide os poderes sobre a forja", "a que tem akoro e o usa na rua, sem que seu dinheiro tenha sido gasto para isso".
AXÉ, AXÉ, AXÉ!
quinta-feira, 16 de junho de 2011
IGEDE (Invocação para a boa fortuna) * A invocação para as bendições pode fazer ao final de um Oríkì.
igede
INI (SEU NOME) OMO (NOME DE SEUS PAIS ESPIRITUAIS) MO BE YIN, KI NLE ‘KE ODI. KIEMAA GBE ‘MI N ‘IJA KIEMAA GBE MI LEKE ISORO LOJO GBOGBO NI GBOGBO OJO AYE MI. KIEMAA GBE IRE KO MI NIGBABOGBO TABI KIEMAAGBE FUN MI. KI GBOGBO ENIYAN KAAKIRI AGBAYE GBARAJO, KIWON MAA GBE ‘MI N’IJA, KIEGBE MI LEKE OTA. BI ‘KU BA SUNMO ITOSI KI E BAMI YE OJO IKU FUN. ODUN TIATIBI MI SINU AYE KI E BAMI YE OJO IKU FUN ARA MI ATI AWON OMO MI TI MO BI. KIAMAKU NI KEKERE, KIAMAKU IKU INA, KIAMAKU IKU ORO, KIAMAKU IKU EJO, KIAMAKU SINU OMI, KI A F’FOJU RE WO MI, KI AWON OMO ARAYE LEE MAA FI OJU RERE WO MI. KI E MA JEKI NSAISAN KI NSEGUN ODI KI NREHIN OTA. KI E MA JEKI AWON IYAWO MI YA’GAN, TAKOTABO OPE KIIYA-AGAN. KI E BAMI DI ONA OFO, KI E BAMI DI ODO OFO, KI E BAMI DI ONA EJO, KI E BAMI DI ONA IBI, KI E BAMI DI ONA ESU, NI NRI’DI JOKO PE NILE AYE. KIEMA JEKI NBA WON KU – IKU AJOKU. KI E JEKI AWON OMO – ARAYE GBURO, MI PE MO L’OWO LOWO, PE MO NIYI, PE MO N’OLA, PE MO BIMO RERE ATI BEE BEE. KI E J EKI WON GBO IRO MI KAAKIRI AGBAYE. KI ESO IBI DE RERE FUN MI NI GBOGBO OJO AYE MI, KI EMI – RE S’OWO, KI EMI MI GUN KI ARA MI KIOL E, KI NMA RI AYIPADA DI BUBURU LOJO AYE MI ATI BEE BEE. KI E S I ‘NA AJE FUN ME, KI AWON OMO ARAYE WA MAA BAMI, RA OJA TI MO BA JIITA WARAWARA, IPEKU ORUN E PEHINDA LODO MI. KI E JEKI ORAN IBANJE MAA KAN GBOGBO AWON TI, O NDARUKO MI NI IBI TI WON NS E PE SO MI, TI WON NSORO BUBURU SI ORUKO MI, AWON TI NBU MI, TI WON NLU MI TI WON, NGB ‘ERO BUBURU SI MI. KIEDAI NI’DE ARUN ILU EJO, EGBESE ATI BEE BEE, KI E DA’RI IRE OWO, ISE ORO OMO OLA OLA EMIGIGUN, ARALILE ATI BEE BEE S ODO MI. KI E DA MI NI ABIYAMO TIYOO BIMO RERE TI WON, YOO GB ‘EHIN S I – SINU AYE ATI BEE BEE. KI E JEKI NDI ARISA-INA, AKOTAGIRI EJO FUN AWON OTA, KIESO MI DI PUPO GUN RERE, KI’MI R’OWO SAN OWO ORI, KIMI R’OWO SAN AWIN ORUN MI ATI BEE BEE. KI E KA IBI KURO LONA FUN MI LODE AYE. KI E BAMI KA’WO IKU. ARUN EJO OF O OF O EFUN EDI APETA OS O. AJE AT AWON OLOOGUN BUBURU GBOGBO. KI E JEKI IYAWO MI R ‘OMO GBE PON, KI O R ‘OMO GBE S IRE, KI E JEKI ORUKO MI HAN SI RERE, KE IPA MI LAYE MA PARUN. OMI KIIBA ‘LE KIOMANI’PA, KI ‘MI NI ‘PA RE LAYE ATI BEE BEE. KI E BAMI TU IMO O S O, KI E BA MI TUMO AJE, KI E BAMI TUMO AWON AMONISENI, IMO AW ON AFIMONIS ENI ATI IMO AWON ASENIBANIDARO, TI NRO IBI SI MI KA. KI E BAMI TE AWON OTA MI. MOLE TAGBARATAGBARA WON KI E MA JEKI NR ‘IBI ABIKI OMO. KI E FUN MI NI AGBARA, KI NSEGUN AWON OTA MI LONI ATI NI GBOGBO OJO AYE MI, KIEMAA BAMI FI I S E S E GBOGBO AWON ENITI NWA IFARAPA ATI BEE BEE FUN MI. KI E JEKI NGBO KI NTO KO NPA EWU S EHIN. KI E FUN MI L OWO ATI OHUN RERE GBOGBO. ASE, ASE, ASE, ‘SE, O! Sou (seu nome) filho de (nome de seus pais espirituais) Eu lhe peço * Eleja qualquer das seguintes frases: Elimine todas as desgraças de minha vida. Elimine para sempre todo o infortúnio que possa vir em meu caminho. Traga-me sempre boa fortuna. Permita a todos aqueles que estão juntos em seu mundo ajudar-me, através de minhas dificuldades, para derrotar a meus inimigos. Se a Morte está vindo, ajude-nos para que possamos afastá-la. Afaste a Morte de todos meus filhos e afaste-a também de todos aqueles que incluo em minhas orações. faça que não se morram jovens, faça que não se morram no fogo, faça que não se morram em uma tragédia, faça que não se morram com a vergonha, faça que não se morram na água. Lhe peço que me olhe com bons olhos, para que o mundo me seja favorável e para que esteja livre de enfermidades. Permita-me vencer a meus inimigos. Permita-nos ser fecundos, assim como as árvores da palma masculinos e femininos que nunca são estéreis. Fecha para mim o caminho da perdição, cerra-lhes o caminho da perdição a meus filhos, a minha companheiro/a e a minha família, feche o caminho da luta contra mim, fecha o caminho da negatividade, fecha o caminho dos problemas com Esu. Permita-me sentar-me silenciosamente no mundo. Permita-me não morrer com uma epidemia. Permita ao mundo inteiro ouvir falar de mim, que sou rico, que tenho honra, que tenho prestígio, que meus filhos serão bons. Permita ouvir ao redor do mundo que sou uma pessoa boa e bendita. Troque o mal por bom ao longo de todos os meus dias na terra, que possa ser rico, que minha vida se alargue e minha saúde sempre seja boa, e que, todo o bom que se torne mal não possam localizar-me nenhum dia em que eu viva neste mundo. Abra o caminho da riqueza para mim, que o mundo inteiro tenha boa vontade ante a falta dos produtos de meu trabalho, que a morte intempestiva passe por mim. Permita a todos meus inimigos encontrar-se com a adversidade, que as coisas penosas estejam no seu caminho. A aqueles que pronunciam meu nome para mal, a aqueles que estão maldizendo-me, a aqueles que estão abusando de mim, a aqueles que estão desejando coisas más para mim. Solte-me do laço da morte, solte-me do laço do infortúnio, guie-me para a boa fortuna e a abundância, guie-me para a boa fortuna que vem dos filhos bons e férteis, guie-me para a boa fortuna e a honra, para a prosperidade, para a boa saúde e a uma vida grande. Permita-me ser conhecido como o pai que tem filhos bons que caminharam detrás de mim seguindo minha guia e me enterrarão ao final de minha vida. Permita-me ser como o fogo de que fogem as pessoas, ou como a serpente que é muito temida por seus inimigos. Permita-me ser bendito por ser bom, que sempre tenha dinheiro para pagar minhas dividas, e que possa fazer sempre coisas boas no mundo. Elimine todos os obstáculos de qualquer lugar que eu vá no mundo. Impeça que eu lute contra uma enfermidade mortal, contra as perdidas e os malefícios. Impeça que me façam danos aqueles que trabalham os Bruxos. Impeça todas as formas de maldades contra mim. Permita-me ser bendito com filhos. Permita que não se fale mal de mim no mundo, permita que meu nome seja famoso, permita a minha linhagem florescer no mundo. Assim como a água nunca toca a terra e se move sem ter um caminho, assim também que eu tenha sempre um bom caminho no mundo. Destrua o poder daqueles que com seu trabalho malefico, destrua o poder dos elementos separatistas, destrua o poder dos inimigos conhecidos e desconhecidos, destrua o poder dos hipócritas, proteja-me de todos aqueles que tenham pensamentos negativos para mim. Elimine a todos meus inimigos e destrua seu poder. Evite que tenha que sofrer a morte de meus filhos. Dê-me força, para que possa conquistar a todos meus inimigos, e a todos os que hajam em minha vida desejando sofrer na pobreza. Permita-me viver muito tempo e ver a mim pelo PODER DO BRANCO. Dê-me dinheiro e todas as coisas boas da vida.
Nunca se esqueça tudo vem de Ori!!!
Pronuncie as palavras com fé e com bons pensamentos!
Sempre bem cedo hora que o sol nasce junto com boas benção!
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sexta-feira, 22 de abril de 2011
Àşé Òrun: Algumas lendas de Ìyami nossas mães ancestrais
Àşé Òrun: Algumas lendas de Ìyami nossas mães ancestrais: "Ìrété méji Como Ìyàmi chega à terra em Òtà Tiramos (a água) na frente, tiramos (a água) atrás . Ifá é consultado por 201 pessoas, que do..."
Algumas lendas de Ìyami nossas mães ancestrais
Ìrété méji
Como Ìyàmi chega à terra em Òtà
Tiramos (a água) na frente, tiramos (a água) atrás. Ifá é consultado por 201 pessoas, que do céu vieram para a terra. Ifá é consultado por 201 proprietários de pássaros, que do céu vieram para a terra. Quando essas 201 pessoas chegam, eles (os babaláwo) dizem para preparar uma cabaça para cada uma delas. Foi em Òtà que elas chegaram pela primeira vez, elas nomeiam uma pessoa Ìyálóde em Òtà, aquela que quer receber (um pássaro) leva sua cabaça para junto dela. Ela diz que quer receber seu pássaro. Ele está colocado dentro. Quando ela colocou o pássaro dentro, a cabaça é coberta e lhes é entregue. Esta cabaça que lhes é entregue, elas tomam conta dela em sua casa. Quando elas a arrumaram em sua casa, não é qualquer um que pode saber o lugar onde elas a puseram, a menos que seja alguém que tenha uma cabaça. Talvez esteja (em cima do) teto. Elas podem colocar ao lado da parede. Elas podem cavar o chão para a colocar ali. Elas sãos as únicas a saber o lugar onde a cabaça está guardada, quando ela lhes é entregue. Quando elas lhes são entregues, cada uma leva a sua, vai colocá-la no lugar que ela viu. Quando elas querem enviar Eleye em uma missão, elas abrem a cabaça esta Eleye voa para fora da cabaça, vai cumprir a missão aonde ela é enviada, talvez em Lagos, talvez em Ibadan, talvez em Ilorin, talvez em Sapele, talvez em Londres. Talvez no país do rei. Todos os quatro cantos do mundo são os lugares para onde elas a enviam. Quando, desse modo, elas abriram a cabaça. Este pássaro voa e vai cumprir sua missão. Se elas dizer que é para matar alguém, eles matam. Se elas dizem que é para levar os intestinos, ficam à espreita de alguém. Quando elas estão espreitando para rasgar seu ventre, a pessoa não sabe que elas querem levar seus intestinos. Se ela estiver grávida, eles retiram a gravidez de seu ventre. Eles vão executar o trabalho de que estão encarregados. Quando terminarem este trabalho, voltam novamente para esta cabaça. Elas tornam a cobri-la. Quando elas a cobriram, cuidam de a colocar novamente em seu lugar. Elas não lutam mais sozinhas, a menos que queiram ir à sociedades delas. No momento em que retorna, este pássaro assim fala com sua proprietária, “o trabalho que me mandastes fazer, eu o fiz”. Se esta pessoa possui um remédio contras as Àjé, ela é capaz de dizer, “que aquela que vos enviou para me pagar, não me pegue”, tento pegar, pegar, pegar, mas não sou capaz de pegar. Se me enviardes a pegar alguém (que não possua este remédio) eu o pego. Aquela que possui um pássaro vai então para o meio da sociedade, ela diz então que ela enviou um mensageiro em missão, ela fez este trabalho contra ele, ela levou este trabalho para o meio da assembléia, porque ele não pode trabalhar sozinha. Quando elas assim falaram, aquelas que ficam compartilham as coisas. O sangue da pessoa que ela mandou (pegar) ela o leva para o meio da sociedade, todas as suas companheiras o querem tocar com suas bocas. Quando elas tomaram juntas este sangue, elas se separam. Quando elas se separaram, chegou o dia seguinte, chegou a noite seguinte, elas enviam novamente o pássaro. Elas não deixam dormir (sua vítima) este pássaro pode pegar um chicote, pode pegar um porrete, pode pegar uma faca, pode torna-se uma alma do outro mundo, pode torna-se uma òrìsà. Para ir pôr medo naquele para o qual elas o enviaram. Tal é a história destas Eleye! É assim que elas são!
Ìrété Òwànrín ou Ìrété Olótà
Como Òrúnmilà vai ver o segredo de Ìyàmi em Òtà
Tu me mostras o conteúdo de um grande saco. Eu te mostro o conteúdo de um grande saco. Tu tens, eu tenho. Owúyèwuyè é babaláwo na casa de Òrúnmilà. Ifá é consulado por Òrúnmilà que procura o segredo na cidade das Eleye. Òrúnmilà diz que desta cidade das Eleye aonde ele vai, ele é capaz de conhecer sua base (o segredo)? É ele capaz de trazer dela o bem? Eles (os babaláwo) dizem a Òrúnmìlà que faça uma oferenda. Eles dizem que Òrúnmìlà, antes de ir ver o segredo do que as Eleye fazem no mundo, eles dizem que Òrúnmìlà vá preparar um saco de pano branco. Eles dizem que ele ofereça uma cabeça da serpente oka. Eles dizem que ele ofereça um pombo brando. Eles dizem que ele ofereça quatro nozes-de-cola brancas. Eles dizem que ele ofereça quatro nozes-de-cola vermelhas. Eles dizem que ele ofereça azeite-de-dendê. Eles dizem que ele ofereça giz (efun). Eles dizem que ele ofereça pó vermelho (osùn). Eles dizem que ele ofereça uma cabaça. Eles dizem que Òrúnmìlà prepare tudo isso. Quando Òrúnmìlà preparou tudo isso, eles vêm pegar esse saco de pano, eles o suspendem. Òrúnmìlà diz ah! Òrúnmìlà vai a òtà, chega no meio do mercado, mal òrúnmìlà chegou, eles dizem ah! ah! elas dizem, chegou a comida! Alguém a quem elas querem matar e comer chega. Começaram todas elas a falar. Èsù (que faz o bem e o mal) (que faz todas as coisas). Èsù se transforma rapidamente, então ele se tornou uma pessou. Ele vai chamar todas Àjé que estão Òtà. Ele diz ah! ah! ele diz, Òrúnmìlà. Ele diz, o pássaro de Òrunmìlà. Ele diz, é mais poderoso que todas vós. Ele diz reuni todos os vossos pássaros, vós o reunireis perto dele, que ele possa receber o poder junto a Òrúnmìlà. Elas dizem, este homem tem um pássaro? Èsù diz, Òrúnmìlà tem um pássaro. Ele diz, é maior que todos os de Òtà. Todas elas começam a juntar seus pássaros. Começaram a levá-los até Òrúnmìlà. Assim Òrúnmìlà tem todos os pássaros reunidos em torno dele. Quando Òrúnmìlà já os tem em torno de si, Òrúnmìlà vai sentar-se. Assim que ele senta, elas dizem que não querem tirar seu mau-olhado do corpo de Òrúnmìlà. Elas dizem que lutarão com ele. Elas dizem que estão encolerizadas porque ele conhece seu segredo. Elas dizem, eles querem, por esta forma, conhecer o segredo delas. Elas dizem, se pegarem Òrúnmìlà, elas o matarão. Ele vai chamar os babaláwo. Òrúnmìlà vai informar-se. Ele vê Tèmáiyè. Se o babaláwo da casa não pode escutar ifá, vai se fazer uma consulta fora. Ifá é consultado no dia em que estas Eleye dizem que o matarão. Elas dizem, tu Òrúnmìlà és aquele a quem as Eleye vão matar, as Eleye querem matar-te. Eles dizem a ele que faça oferendas. Eles dizem a Òrúmìlà que, naquele dia, prepare ekujebu (caroço muito duro). Dizem que tenha também um frango òpìpì (frango de penas arrepiadas). Dizem também que tenha um èko (purê de milho enrolado em uma folha). Eles dizem a Òrúnmìlà que tenha 6 shilings. Então Òrúnmìlà age assim. Quando ele terminou, eles vão com todas essas coisas, com elas vão consultar ifá para Òrúnmìlà, eles vão chamar. Quando chamaram, para que elas comam, elas voltam a dizer que querem pegar Òrúnmìlà, elas vêm vigiar Òrúnmìlà até que, elas não vêem mais Òrúnmìlà para pegá-lo. Quando elas não o vêem mais para pegá-lo, elas dizem, Òrúnmìlà, elas dizem, como faremos para ver-te e pegar-te? Ele diz Àjé não é severa, ela não pode comer ekujebu, vós de modo algum, podeis matar-me. Ele diz, o frando òpìpì não tem asas para voar sobre a casa, elas não podem matar-me. Isto foi o que Òrúnmìlà fez na quele dia, para que elas não sejam capazes de matá-lo, quando Òrúnmìlà foi a Òtà para ver o segredo delas.
Ogbè Ògúndá ou Ogbè Yónú
Ìyàmi esta sempre encolerizada
O que a mim fizeres, fareis a ti. A árvore dos campos leva uma coroa na cabeça. O algodão não é um fardo pesado (mas ele não é compacto). Ifá é consultado para as pessoas que vieram à terra. Ifá é consultado para as Eleye que vieram à terra. Quando as eleye chegaram à terra, eles dizem, que elas não lutarão com eles. Elas dizem, se eles não lutarem com vós. Elas dizem, vós não deveis colher os quiabos de Ejio, elas dizem, vós não deveis arrancar a folha òsùn de Aloran, elas dizem, vós não deveis contorcer o corpo no pátio dos fundos da casa de Mosionto. Elas dizem que se eles colhessem os quiabos de Ejio, elas lutariam, com eles. O que são os quiabos de Ejio? Os filhos dos homens não conhecem os quiabos de Ejio. Quando os filhos dos homens partirem, se partirem, poderão chegar, caminhando, a um lugar onbde colherão um folha comum. Poderão ir a um lugar onde não colherão folhas, onde ficarão sem fazer nada. As eleye dizem ah! eles colheram os quiabos de Ejio. Os de Ejio que dissemos que não era colher, eles colheram. Ah! os filhos dos homens suplicam. Se elas disserem a alguém que não se devem colher os quiabos de Ejio, se ele não fizer numerosas oferendas, se ele não fizer numerosos sacríficios, se ele não tiver muitas coisas com as quais dirigir-lhes súplicas, assim como Òrúnmìlà fez, elas dizem que não perdoarão, se alguém não tiver coisas com as quais suplicar, elas o matarão. Mal ele põe a mão em alguma coisa já elas estão dizendo que são os quiabos de Ejio. Elas vão dizer, ele colheu os quiabos de Ejio. Porque, colher os quiabos de Ejio, arrancar a folha òsùn de aloran, contorcer o corpo no pátio dos fundos da casa de Mosionto, as Eleye, para atormentar os filhos dos homens, são capazes de achar o caminho para lutar com eles, apresentando-lhes todo tipo de enigmas. Elas sabem que os filhos dos homens não têm o conhecimento, que eles não sabem que aspecto têm os quiabos de Ejio. Se eles não tiverem dinheiro na mão, se não estiverem bem preparados, elas os matarão. Quando volta a chegar o tempo, quando os filhos dos homens devem levantar-se de novo, quando eles voltam a acordar de manhã, quando dizem que vão ao campo, aqueles cuja chácara é boa, que transportam inhame, que transportam milho. Então, se as Eleye virem que eles não lhes dào uma parte, elas dizem, a folha òsùn de Aloran é aquela que eles arrancaram. Elas dizem, òsùn de aloran é a que vocês arrancaram. Àquele que, dessa forma, transportar os inhames e o milho, elas dizem que ele arrancou a folha òsùn de Aloran. Se eles não a oferecerem para que elas a comam, se eles não voltarem a fazer-lhes oferendas, sacrifícios, se eles não lhes dirigem síplicas, dando-lhes coisas boas, elas os matarão. Se, mais uma vez eles vão para fora, se as pessoas vão para fora, se as pessoas vão comprar algo, se comprarem um rato, se comprarem um peixe, se comprarem um animal, se comprarem qualquer coisa, se derem uma parte para as Eleye comerem, as Eleye dizem, basta. Alguém que vai comprar alguma coisa, que não lhe dá para comer, elas dizem que ele contorceu o corpo no pátio dos fundos da casa de Moisonto. Porque ele comprou algo e não lhes deu de comer, se ele não lhes fizer oferendas, se ele não lhes fizer sacrifícios, elas o matarão. A razão para matar toda essa gente, é o enigma, os três enigmas que elas lhes apresentam. Elas os atormentam com os enigmas. Então elas sabem, dizem que os filhos dos homens não sabem que esta lei existe não são capazes de respeitá-la porque não sabem que os filhos dos homens não sabem o que é o quiabo de Ejio, a coisa, que elas dizem ser o quiabo de Ejio, é o quiabo de Ejio, elas sabem, dizem que o filho dos homens não sabe o que é a folha òsùn de Aloran, a coisa, que elas dizem ser a folha òsùn de aloran, é a folha òsùn de Aloran. Elas sabem que o filho dos homens não sabe o que é contorcer o corpo no pátio dos (fundos da casa de Mosionto. A ação, que elas dizem ser que é contorcer o corpo no pátio dos fundos da casa de Mosionto, é contorcer o corpo no pátio dos fundos da casa de Mosionto. As eleye atormentam as pessoas. Mas Òrúnmìlà vem suplicar por elas. Ele vem novamente suplicar por seu filhos, suplica novamente por toda a sua gente, ele diz que sua casa, seu campo, seu caminho, e todas as coisas que ele possui, que elas as poupem, que elas não lutem com eles, que elas permitam que tudo aquilo que ele quiser fazer seja bom. Òrúnmìlà vem fazer seu sacrifício. Ele vem para libertae os filhos dos homens das mãos delas então elas vêm dizer, todas as pessoas pelas quais Òrúnmìlà fez este sacrifício, pelas quais ele suplicou, elas lho entregarão. Mas elas não querem que Òrúnmìlà faça isto par todo mundo. Mas todas a pessoas para as quais Òrúnmìlà fará este sacrifício, serão por elas poupadas, elas não as matarão, em se tratando, levarão em conta a Òrúnmìlà. Aquele a quem Òrúnmìlà diz para poupar, elas o pouparão. A pessoa que elas teriam apanhado. Se Òrúnmìlà solicitasse poupá-la elas a poupariam. Todos aqueles, de quem as Eleye disseram que colheram os quiabos de Ejio, que compareçam perante Òrúnmìlà. Òrúmìlà implorará por eles, Òrúnmìlà suplicará por eles, Òrúnmìlà suplicará novamente por eles, as Eleye perdoarão. Aqueles de quem elas disseram, eles arrancaram a folha òsùn de Aloran, que eles fujam para junto de Òrúnmìlà. Òrúnmìlà fará com que todos sejam perdoados. Aqueles de quem elas disseram, eles contorceram o corpo no pátio dos fundo da casa de Mosionto. Somente Òrúnmìlà assim os fez perdoar, as filhas de Eleye dizem, basta. Elas dizem, se antes estavam iradas, não estão mais iradas. No dia em que elas dizem, não estão mais zangadas com Òrúnmìlà, elas deram permissão a Òrúnmìlà, para que libertam de suas mão todos os filhos dos homens.
Ogbè Ògúndá ou Ogbè Yónú
Como Òrúnmìlà acalma a cólera de Ìyàmi
O que a mim fizeres, farei a ti, a árvore dos campos leva uma coroa na cabeça. O algodão não é um fardo pesado (mas não é compacto). Ifá é consultado para as pessoas que vieram à terra. Ifá é consultado para as Eleye que vieram à terra. Quando as Eleye chegaram à terra, Òrúnmìlà diz, elas são capazes de poupá-lo? Elas dizem que quando chegaram à terra, quando vieram pela primeira vez à terra, beberam de sete águas. A água de Ògbèrè na cidade de Owu foi a que beberram em primeiro lugar. Beberam em seguida a água de Majomajo, rio de Apomu. Beberam em seguida de Oléyò, água de Ibadan. De Iyewa, elas beberam em Iketu. De Ògún, elas beberam em ibara. De Ibo, elas beberam em Oyan. De Oséréré, elas beberam em Ikirun. Das sete águas vós bebetes quando viestes à terra. Quando bebestes dessas água quando viestes à terra, estais com os filhos dos homens, encontrais os filhos dos homens, vós os poupareis? Dizeis que não os poupareis. Os filhos dos homens correm para a Eégún. À casa de Eégún, vão em primeiro lugar naquele dia. Esses filhos dos homens vão correndo encontrar Eégún. Eles dizem, tu Eégún, protege-nos, as filhas de Eleye dizem que não querem poupá-los. Eégún diz que não é capaz de salvá-los. Ele diz que não é capaz de proteger os filhos dos homens naquele dia. Eles deixam esse lugar. Vão à casa de Òrìsà, vão à casa de Sàngó. Vão à casa de Oyà, vão à casa de Obà. Pedem que os protejam. Todos eles dizem que não são capazes de apaziguar a cólera delas. Que, irá salvá-los neste mundo? Eles devem ir à casa de Òrúnmìlà, quando chegam à casa de Òrúnmìlà, dizem, Òrúnmìlà, protege-nos. Eles dizem, as filhas de Eleye não nos querem poupar. Eles dizem, elas nos matarão. Eles dizem, protege-nos, que elas sejam capazes de poupar-nos, que elas não sejam capazes de matar-nos e comer-nos. Òrúnmìlà diz que com eles farão um pacto, mediante juramento, naquele dia. Ele diz, somente se alguém o preparar (como Òrúnmìlà fez outrora), eles serão poupados. Èsù vem dizer veementemente a Òrúnmìlà. Èsù diz que ele prepare um prqato de barro, que ele prepare um ovo de galinha, que ele prepare mel, que ele prepare uma pena de papagaio, que ele prepare folhass de ojúsàjú, que ele prepare folhas de òyóyó, que ele prepare folhas de àánú, que ele prepare folhas de agogo ògún. Òrúnmìlà faz a oferenda do lado de fora. Quando Òrúnmìlà fez a oferenda. Èsù é isto, é amigo de Òrúnmìlà. Assim como ele teve um encontro com as Àjé na terra, assim as encontrou no além. No dia em que elas beberam dessas sete águas, antes de tudo, no dia em que elas começaram a beber, foi na presença de Èsù. Mo dia em que ela fizeram a reunião, foi na presença de Èsù. Elas decidiram no momento em que chegaram. Disseram, aquele que decifrar o enigma que elas apresentassem, disseram, aquele que decifrar o enigma, elas o poupariam. Disseram, aquele que queria ser poupado, se não soubesse o enigma, elas não o poupariam. Òrúnmìlà não conhece esse enigma. Mas quando Òrúnmìlà dá comida a Èsù seu ventre se adoça (ele fica contente). Èsù anda sem fazer barulho (sem que as pessoas não o ouçam), ele fala a Òrúnmìlà. Ele diz que Òrúnmìlà tenha bucha de algodão na mão, diz que tenha um ovo de galinha na mão. As filhas de Eleye dizem com insistência: “elas não estão contentes com os filhos dos homens naquele dia”. Elas dizem, todo caminho pelo qual òrúnmìlà andou, elas dizem que não é bom. Elas dizem que não estão contentes com pessoa alguma. Elas vão persistindo nesse assunto até a casa de Ogbè Yónú. Quando chegam à casa, as filhas de Eleye declaram (seu caso), os filhos dos homens declaram (seu caso). Os filhos dos homens são (julgados) culpados. Quando os filhos dos homens são julgados culpados (a despeito) das oferendas que Òrúnmìlà fez na terra, Òrúnmìlà é (julgado) culpado. A oferenda, Òrúnmìlà fez na terra, diz que elas estão contentes com ele. Èsù diz, filhos de Eleye, ele diz, deveríveis saber o tipo de indicação dada. Ele diz, o sacrifício que, dessa forma, Òrúnmìlà trouxe para fora, ele diz, examinai-º quando elas o examinam, elas pegam a folha de òyóyó. Ah! elas dizem, Òrúnmìlà diz que elas estão contentes com ele. Òyóyó é quem diz que vós estais contentes comigo, que não deveis lutar comigo. Elas (as Eleye) dizem, quando òrúnmìlà tinha a folha de òyóyó ele dia que elas estavam contentes com ele, (e) que elas també estavam contentes com todos os filhos dos homens. Elas vêem em seguida a folha ojúsàjú. Èsù diz, compreendeis aquilo que ela vos disse? Ele diz que vós, com toda a bondade, o respeiteis, que ele verá a bondade. Elas dizem que folha é esta? Dizem qual é a terceira folha? Ele diz, que é a folha àánú. Ele diz, vós todas tereis piedade (sàámu). Elas dizem que terão piedade de Òrúnmìlà. Elas dizem (o que significa) a folha do agogo ògún? Ele diz vós sabeis. Ele diz que na casa, nos campos e detrás do muro da cidade, que tem todo lugar aonde lhe agrada ir, vós deixareis o que seja bom, que tudo aquilo que ele tiver na mão, vós deixareis o que seja bom, elas dizem que ele peça com agogo ògún. Elas dizem, por que este mel? Elas dizem, como é que ele conhece a coisa com a qual elas prestaram um juramento? Ele diz, Òrúnmìlà é capaz de saber de todas as coisas. Elas dizem, por que este efun? E este osùn? Ele diz, giz que vós lhe deis a felicidade. Ele diz, pó vermelho diz que chegueis com a felicidade. Elas dizem, por que a pena de papagaio? Hein! Ele diz, quando vós, Eleye, chegardes ao além, ele diz, a pena com qual fizestes o sacrifício, vós a colocareis na cabeça, ele diz, esta pena que vós utilizais traz com ela a felicidade, em todos os lugares por onde ela vai. Quando chegou o tempo, quando Òrúnmìlà cessou de falar, As Eleye dizem, tu Òrúnmìlà; dizem elas, como então acabaste de falar elas dizem, deixa que elas também falem por elas. As filhas de Eleye vêm dizer, eles dizem Òrúnmìlà, elas dizem, está bem elas vão apresentar um engma. Elas dizem, quem deverá ser capaz de resolver o enigma que elas irão apresentar. Elas dizem que ele devera ser capaz de resolver o enigma que elas vão perguntar. Elas dizem, sua casa será boa, seu caminho será bom, seus filhos não irão morrer, suas mulheres não irão morrer, ele também não irá morrer, todos os lugares para onde ele estender a mão serão bons. Mas se ele não conhecia este enigma, elas não aceitaram sua súplicas, elas ficariam encolerizadas com ele o tempo todo. Mas se ele for capaz de dar a resposta, acabou. Òrúnmìlà diz que assim está bem, ele diz que elas apresentam este enigma: “Elas dizem jogar Òrúnmìlà diz pensar”}(sete vezes). Na sétima vez elas pedem essa resposta a Òrúnmìlà. Elas dizem, Òrúnmìlà, dizem, quando ele diz pegar, dizem, elas, o que elas lhe enviam para se pegar? Ah! diz ele, vós enviais um ovo de galinha. Dizem elas, de que dispóem para pegar (o ovo)? Òrúnmìlà diz que é a bucha de algodão. Elas dizem a Òrúnmìlà que jogue este ovo de galinha para o ar. Elas dizem que ele o pegue sete vezes. Quando Òrúnmìlà o pegou sete vezes, elas dizem assim acabou? Elas dizem assim está bem. Elas dizem que eles estão perdoados. Elas dizem, vós, todos os filhos dos homens e tu Òrúnmìlà, elas dizem, dançai, elas dizem, cantai: “Òrúnmìlà o fez, ganhastes, pessoas, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye vieram dizer-vos ganhastes, pessoas. Foi a água Ogbèrè em Owu que bebestes em primeiro lugar, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem ganhastes, pessoas. Bebestes em seguida a água de Majomajo em Aapoinu, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem ganhastes, pessoas. Em seguida bebestes a água de Òléyò em Ibadan, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem ganhastes, pessoas. Da água de Iyewa bebestes em Iketu, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem ganhastes, pessoas. Da água de Ògún bebestes em ibara, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem ganhastes pessoas. Da água de ibo bebestes em Oyan, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem ganhastes , pessoas. Da água de Oséréré bebestes em Ikirun, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem ganhastes, pessoas. A folha de ojúsàjú diz que vós a respeiteis, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem que vós ganhastes, pessoas. A folha de òyóyó diz que vós estais contentes, vós ganhastes pessoas. As filhas de Eleye dizem vós ganhastes, pessoas. A folha de àánú diz que tereis piedade, vós ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem vós ganhastes, pessoas. A folha de agogo ògún diz que me enviais a felicidade, vós ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem, vós ganhastes, pessoas. Se não lambermos o mel ficaremos com ar triste, vós ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem, vós ganhastes, pessoas”. Quando Òrúnmìlà terminou seu canto, Òrúnmìlà dança. Ele vem com um agogo na mão. Eles vêm bater o agogo. Òrúnmìlà acabou de dançar, elas dizem, Òrúnmìlà, elas dizem, isto está bem. Elas dizem, se deve ir à casa, ou ir ao campo, ir para fora, todos os caminhos onde ele puser a mão (por onde passar) serão agradáveis. Elas dizem, se ele deve construir uma casa, elas dizem, se ele quiser dinheiro, elas dizem, se ele quiser permanecer muito tempo no mundo, elas dizem, se ele desejar que elas o protejam, elas dizem, se Òrúnmìlà cantasse esse tipo de canção, elas dizem que aceitarão, elas dizem, que ficarão contentes com esta pessoa, elas dizem, que tudo aquilo que Òrúnmìlà quiser pedir-lhes, elas dizem, que no lugar onde agradar a Òrúnmìlà permanecer, quer seja nos sete céus de acima, se ele cantar esta espécie de canção elas responderão. Então elas fão a coisa que ele pede para a felicidade. Elas dizem que se ele permanecer nos sete céus de baixo, se ele cantar esta canção, elas então farão a coisa que ele quiser para a felicdade. Elas dizem que se ele permanecer nos quatro cantos do mundo, se ele permanecer na casa de Olókun (o mar), se ele permanecer no lado do mar, se ele permanecer no meio de duas lagoas, se ele permanecer em Iwanran no lugar onde o dia nasce, se ele cantou isto, se ele deu nomes às água que elas beberam, elas dizem que perdoarão. Elas dizem que está bem. Elas dizem, o diznheiro que Òrúnmìlà não tem. Òrúnmìlà o terá. Elas dizem, a mulher que Òrúnmìlà não têm, Òrúnmìlà a terá. Ela dizem, a mulher que não deu à luz, a mulher de Òrúnmìlà ficará grávida, ela dará à luz. Elas dizem, a casa que Òrúnmìlà a construirá. Elas dizem todas as coisas boas que Òrunmìlà não viu, ela dizem Òrúnmìlà ficará velho. Elas dizem que Òrúnmìlà ficará muito tempo ( no mundo), ele se tornará um ancião. Òrúnmìlà diz a todos os seu filhos do alto e de baixo, ele diz que precisam conhecer esta canção, que precisam conhecer esta história, para que sejam capazes de contá-la. Toda pessoa a quem esta história for contada, as Eleye jamis ousarão combatê-la.
Òdí Méji
Como Òrúnmìlà acalma Ìyàmi
Grande montículo de terra na extremidade da rua. Muita poeira. Ifá consultado para as Ìyàmi Òsòròngà, que vieram do além para terra. Elas dizem que querem ouvir a voz do babaláwo, quando as Ìyàmi Òsòròngà vêm. Elas dizem, elas vêm à terra. Então elas chamam Òrúnmìlà no além. Olódùmaré disse a Òrúnmìlà que fosse. Òrúnmìlà partiu. No lugar para onde partiu, chegou ao muro de pedra de Òrìsàlà. Encontra as Ìyàmi no caminho. Òrúnmìlà diz aonde vão? Elas dizem que vão à terra. Ele diz, que vão fazer lá? Elas dizem, aqueles que não serão seus partidários, elas estragarão. Levarão doenças a seus corpos. Levarão fraqueza a seus corpos. Arrancarão os intestinos das pessoas. Comerão os olhos das pessoas. Comerão o fígado das pessoas. Beberão o sangue das pessoas. Não ouvirão a voz de ninguém. Òrúnmìlà diz ah! ele diz qie seus filhos estão na terra. Elas dizem que não conhecem os filhos de ninguém. Quando elas dizem que não dizem que não conhecem os filhos de ninguém. Òrúnmìlà disse que seu filhos estão sobre a terra. Ela dizem, Òrúnmìlà fala com teus filhos, que tenham folhas de ogbó, que tenham uma cabaça, que tenham a ponta do rabo de um rato òkété, que tenham tambem o corpo de um rato òkété, que tenham ovos de galinha, que tenham mingau de milho misturado com azeite, que tenham azeite, que tenham 4 shilings. Òrúnmìlà envia um mensajeiro a sua gente. Diz-lhes que preparam tudo isto. Assim que as Ìyàmi chegam à terra, antes de tudo se empoleiram na copa de uma árvore orógbó. Quando elas permanecem no orógbó, procuram sua oportunidade. Não a vêem, elas deixam esse lugar. Chegaram à copa de uma árvore àjánrèré. Ao chegarem à copa de uma árvore àjánrèré elas não têm sorte. Vão para copa de um Ìrókò. A penca de frutos na copa do Ìrókò não é suficiente para elas. Vão na árvore oro, lá elas não têm sorte. Vão em um ògún bèrèke, lá elas não têm sorte. Vão para um arere, nãoencontram lugar onde ficar. Vão na copa de uma árvore que elas chama de opé ségiségi, no rio Awìnrìnmògùn. Quando ali chegam ali ficam. Ficam em sua copa. Constroem em pátio no fundos. Constroem um quarto. Elas dizem que é lá que se reunirão. Juntam um grande montículo de terra lá onde todas as Eleye se reúnem. Quando estão reunidas, quando chegaram terra, trazem dores de barriga para as crianças. Trazem doenças para as crianças. Arrancam os intestinos das pessoas. Arrancaram os pulmões das pessoas. Bebem o sangue das pessoas. Dão dores de cabeça aos filhos de um outro. Dão doenças aos filho de um outro. Dão reumatismo aos filho de um outro. Dão dores de cabeça, febre, dor de estômago, aos filhos de um outro. Fazem sair a gravidez do ventre daquele que está grávida. Trazem para fora o feto daquele que não é estéril. Não deixam que uma mulher fique grávida. Aquela que está grávida elas não deixam parir. Elas (as pessoas perseguidas) vêm fazer súplicas aos filhos de Òrúnmìlà. Dizem os filhos de Òrúnmìlà que as ajudem. Que ajudem aquela que está grávida. O sacrifício que Òrúnmìlà disse a seus filhos que fizessem, naquele dia, seus filhos o fizeram. Elas dizem que se os filhos de Òrúnmìlà as quiserem chamar, elas dizem que as chamem com uma voz triste.. quando fizerem a oferenda, quando os filhos de Òrúnmìlà já tiverm chamado, deverão levá-la e colocá-la em cima de seu montículo de terra. Deverão cantar assim. Elas dizem que eles deverão cantar com uma voz triste. Elas dizem que eles responderão. Eles deverão cantar assim: “Mãezinha vós conheceis minha voz. Ìyàmi Òsòròngà, vós conheceis minha voz. Ìyàmi Òsòròngà, toda coisa que eu disser, a folha ogbo disse que vós certamente compreendereis. Ìyàmi Òsòròngà, vós conheceis minha vóz. Ìyàmi Òsòròngà, a cabaça diz que vós ides agarrar. Ìyàmi Òsòròngà, vós conheceis minha voz. Ìyàmi Òsòròngà, a palavra que o rato òkété disse à terra, a terra certamente a compreende. Ìyàmi Òsòròngà, vós conheceis minha voz. Ìyàmi, todas as coisas que eu disser vós fareis. Ìyàmi Òsòròngà, vós conheceis minha vós”. Eles começam a cantar. Quando eles acabam de cantar, todas as Eleye estão silenciosas. Os filhos de Òrúnmìlà o farão por eles. (Òrúnmìlà) diz que se eles colherem a folha que age, ele diz que eles tomarão cuidado para que a pessoa grávida permaneça grávida. Aquele que ficar grávida, eles cuidarão para que ela dê à luz. Ele diz que aquele que ficar doente, eles cuidarão dele, ele ficará bem. Ele diz que será curado. Ele diz que aquele que tiver dor de cabeça, eles colherão a folha que age. Se o fígado fizer mal a alguém, desenterrarão para ele a raiz que agr. Como as Ìyàmi autorizaram esses filhos de Òrúnmìlà naqule dia, todas as coisa que eles fizerem agirão. Mas naquele dia eles chamarão co voz triste o canto indicado, para que Olorun deixe essas pessoas realizar esta boa tarefa.
Ogbè òsá
O poder de Ìyàmo é empregado para o bem e para o mal
Ogbè sá sobre na árvore. Ogbè sá sobre no teto. Ifá é consultado para todas as Eleye, quando elas vieram do além à terra. Quando elas chegam à terra, elas dizem que querem que querem Ter uma residência. Elas dizem sete residência são os sete pilares da terra. Elas dizem essas sete são os lugares onde elas farão suas residências. Antes de tudo elas dizem que terão uma primeira residência. Elas dizem, elas ficarão na árvore iwó que chamamos de orógbó. Elas dizem, quando elas saírem do orógbó, elas dizem, elas ficarão na árvore arère. Elas dizem, quando tiverem uma reunião no arère, elas dizem, elas irão na árvore osè. Elas dizem, quando deixaram osè, elas dizem, elas irão na árvore ìrókò, elas dizem, elas irão na árvore iyá. Elas dizem, quando elas deixaram iyá, elas dizem, elas irão na árovre àsùrìn, elas dizem, elas irão na árvore òbobò, que é o chefe das árvores dos campos. Elas dizem, quandoo vós estais nas setes árvore, elas dizem, que trabalho fazeis em cada uma das árvores? Dizei, se elas sobem na árvore iwó, se elas pensam em alguém, dizei, vós pensais em sua felicidade se subirdes no iwó. Dizei, ele ficará muito tempo na terra, ele será direito (justo) na terra. Dizei, aquele em pensareis (quando estiverdes) no arère, todas as coisas que lhe agradarem, vós destruireis. Dizei, se vós subirdes na árvore osè, todas as coisas que agradarem a esta pessoa vós concedereis. Dizei, se subirdes no ìrókò, ali meditareis, sereis duro com alguém, provocareis acidentes com ele, o agarreis com força. Dizei, se subirdes na árvore iyá, rapidamente levareis alguém no além (vós o matareis). Dizei, se subirdes na árvore àsùrìn, todas as coisas que quiserdes fazer, vós a fareis. Se quiserdes trabalhar para a felicidade, trabalhareis para a felicidade. Se quiserdes trabalhar para a infelicidade, trabalhareis para a infelicidade. Todo trabalho que vós agradar fazer no àsùrìn, vós o realizareis. Dizei que se deixardes a árvore àsùrìn, ficareis na árvore òbòbò. Dizei que se lutardes com alguém, se ele vier vós fazer súplicas, se estiverdes na árvore òbòbò, vós o perdoareis. Dizei, se o òbòbò, é o chefe das árvores dos campos. Se ele é a última árvore onde vós realizais vossa reunião no mundo. Dizei, a árvore àsùrìn. Ela é vosso poderio. Dizei, se subirdes na árvore àsùrìn, lá vós tendes poderio. Tudo o que quiserdes fazer por alguém, e todo o bem que quiserdes fazer a alguém, dizei, se subirdes na árvore àsùrìn. Dizei, é vossa árvore, vós não o deixareis. Dizei, em todas as outras árvores vós chegais, mas na árvore àsùrìn fazeis vossa casa principal. Quando fazeis vossa casa na árvore àsùrìn, quando chegais lá, então cantais, como Òrúnmìlà que criou esta canção. “Todas as Eleye sobem na árvore àsùrìn” (repetir três vezes). Assim cantastes. Quando assim cantastes, se quiserdes deixá-la, se disserdes, ireis até o mar, assim ireis até o mar, se disserdes ireis até a lagoa, assim ireis até a lagoa, rapidamente chegareis lá. Se disserdes, ireis em toda a terra, mesmo se disserdes, ireis ao céu, rapidamente chegareis lá, quando ficardes na árvore àsùrìn. A árvore àsùrìn é o lugar onde as Eleye obtêm seu poderio. Não é qualque um que pode manter-se lá.
Òsá Méjì
Ìyàmi e o mito da criação da roupa de Eégún
Òsá méjì é rico. Potente grito. Barulho de sino (ajija) chega no além. Ifá é consultado para Odù, no dia em que ela vem do além para a terra. Ifá é consultado para Òbàrìsà, no dia em que ele vem do além para terra. Ifá é consultado para Ògún, no dia em que ele vem do além para terra. Este três chegam. Entre eles somente Odù é mulher. Odù diz, tu Olúdùmarè. Ela diz, assim vão eles na terra. Ela diz, quando chegarem lá, como ficará? Olódùnmarè diz, eles irão para a terra, boa será a terra. Ele diz, tudo o que eles quiserem fazer então, ele diz, ele lhes dará o poder, então tudo ficará bem. Ògún caminha na dianteira. Quando Ògún caminha na frente deles Òbàrìsà segue. Quando Òbàrìsà segue, Odù vem após. Quando Odù vem após, ela volta atrás. Ela diz, tu Olódùmarè. Ela diz, a terra para onde eles assim vão. Ela diz, Ògún, ela diz, tem o poder dos combatyes, ela diz, ele tem osabre, ele tem o fuzil, ela diz, ele tem todas as coisas para fazer a guerra. Ela diz, Òbàrìsà, ela diz, ele também tem o poder. Ela diz, com o poder que ele tem, ela faz tudo o que quiser. Ela diz, é mulher entre eles, ela é Odù. Ela diz, que poder é o seu? Olódùmarè diz, qual é teu poder? Ele diz, tu serás chamada, para sempre, mãe deles. Ele diz, porque quando todos os três partistes, ele diz, tu a única mulher retornaste. Ela diz, a ti, esta mulher, é dado o poder, que faz dela mãe deles. Ele diz, tu,tu susterás a terra. Olódùmarè lhe confere este poder. Ao lhe conferir o poder, ele lhe confere o poder do pássaro, ele lhe dá o poder de E;eye (proprietária do pássaro). Quando ele lhe deu o poder de eleye, Olódùmarè diz, está bem. Ela diz, esta cabaça de eleye que ele lhe deu, ele diz, conhecerá ela seu emprego na terra? Ele diz, que ela conheça seu emprego na terra. Odù diz, ela o conhecerá. Ela recebe o pássaro de Olódùmarè. Então ela recebe o poder que ela utilizará com ele. Ela parte. Ela está na iminência de partir. Olódùmarè a chama para que ele volte novamente. Ele diz, está bem, ele diz, retorna. Ele diz, tu Odù, ele diz, retorna. Ele diz, quando ela chegar à terra, ele diz, como irás utilizar teus pássaros, e as forças que ele lhes deu? Ele diz, com irá ela utilizá-los? Odù diz, todos aqueles que não lhe tiverem dado ouvidos, ela diz, ela os combaterá com os pássaros. Ela diz, aqueles que não vieram pedir-lhe uma indicação, (aqueles) que assim fizeram, que não ouviren tudo aquilo que ela disser, ela diz, ela os combaterá. Ela diz, aquele que dela se aproximar para pedir ter dinheiro, ela diz, ela lhe dará. Ela diz, aquele que pedir-lhe para gerar, ela diz, ela o concederá. Ela diz, se tivesse dado dinheiro a alguém, se, em seguida, ele se mostrasse impertinente para com ela, ela diz, que o tomaria de volta. Ela diz, se tivesse dado um filho a uma pessoa, se, em seguida, ela se mostrasse impertinente para com ela, ela diz que o tomaria de volta. Ela diz, tudo aquilo que ela fizer por alguém, se, em seguida, ele se mostrasse impertinente para com ela, ela diz que ela o tomaria de volta. Olódùmarè diz, está bem. Ele diz, nada mau. Ele diz, utiliza com calma o poder que te conferi. Se ela o utilizasse com violência, ele o tomaria de volta, e de todos os homens que te seguirão, faço de ti a mãe deles. Toda coisa que agradar-lhe fazer, é coisa que deverão anunciar a ti, Odù. A partir de então Olódùmarè conferiu o poder à mulher, porque aquele que então recebeu o poder se chamava Odù. Ele dá às mulheres o poder de dizer tudo aquilo que lhes agradar. Sozinho o homem nada poderá fazer na ausência da mulher. Odù chega à terra. Quando chegam juntos à terra, em todas florestas que vêem, que eles chamam a floresta de Eégún, a mulher entra nelas. Aquela que eles chamam a floresta de Orò, a mulher entre nela. Naquele tempo não havia proibição alguma para que a mulher não ousasse entrar em floresta alguma. Ou paraq que uma mulher não ousasse entrar em nenhum pátio dos fundos. Se eles querem adorar Eégún, se querem adorar Orò, se querem adorar todos os Òrìsà, a mulher os adora naquele tempo. Quando assim realizam o culto, ah! a antiga (àgbà) exagerou, ela caiu em desgraça. Ifá é consultado para Odù, quando Odù chega à terra. Ei! Dizem, eles tu odù, eles dizem, ela deve agir com calma, que ela tenha paciência, que nãqo seja imprudente. Odù diz, por quê? Eles dizem, por causa do poder que Olódùmarè te deu, eles dizem, para que as pessoas não saibam a razão disso. Odù diz (Ora essa!) ela diz, não é nada disso. Ela diz, ele não são capazes de conhecer o motivo. Ela diz, somente ela foi junto de Olódùmarè. Receber o poder não foi na presença dos outros que chegaram à terra com ela, não foi de modo algum na presença deles. Quando assim falaram a Odù, disseram-lhe que ela faça oferendas. Odù diz, de modo algum! Ela diz, ela não fará oferendas. A oferenda para que a mulher receba o poderio junto a Olódùmarè, ela a fez. Mas ela não deve rejubilar-se exageramente. Ela é capaz de utilizar essas coisas durante muito tempo. As pessoas não podem estragar aquilo que ela tem nas mãos. As pessoas não pessoas não podem conhecer os motivos de sua força. Ela não fará oferendas. Ela parte. Ela põe para fora (a roupa de) Eégún. Ela faz Orò sair para fora. Todas as coisas, não existem coisas que ela não faça, naqule tempo. Òbàrìsà vem, ele diz, hein! Ele é aquele a quem Olódùmarè confiou a terra. Esta mulher enérgica quer tomar a terra, e o pátio dos fundos (lugar no culto) de Eégún, e o pátio dos fundos de Orò, e o patio dos fundos de todos os òrìsà. (Ele) não ousa entrar em nenhum deles. Ah! esta mulher vem tomar a terra. Òbàrìsà vai consultar (um) babaláwo. O babaláwo a quem ele vai consultar, é Òrúnmìlà quem é consultado por ele naquele dia, é exatamente Òrúnmìlà que ele vai consultar. Ele diz que Òrúnmìlà examine, que diz o oráculo? Eis a mensagem enviada por Olódùnmàrè. Sustentará ele o mundo em suas mãos/ ele trasmite a mensagem com sucesso. Ninguém pode tomar o mundo em suas mãos. O mundo não será estragado. Como será ele capaz de ser vitorioso? Ele consulta Ifá. Eles dizem que Òrìsà deve fazer oferendas. Eles dizem que então ele deve ser paciente. Naquele tempo Òrúnmìlà escolhe a oferenda de caracóis. Ele escolhe um chicote. Ele escolhe 8 shilings. Òrìsà faz a oferenda. Quando Òrìsà fez a oferenda. Òrúnmìlà consulta Ifá para Òrìsà. Ele diz, esta terra se tornará sua, ele diz, mas ele deve Ter paciência. Ele diz, se ele tiver paciência, ele diz, a adoração se tornará sua. Ele diz, aquele que enfeixa o poder da mulher, ele diz, ela vai exagerar. Quando ela tiver exagerando, ele diz, ela se tornará tua serva, Òrìsà, ele virá submeter-se a ti. Òrìsà compreende, ele terá paciência. Todos os hábitos, os bons, os maus, que Odù mostra na terra, com o poder que Olódùmarè lhe conferiu. Se ela diz a alguém para não olhar seu rosto, se ele olhar o rosto, ela o deixa cego. Se ela diz que o olhar de alguém na pessoa dela é mau, se ela diz que essa pessoa tenha dor de cabeça, ela terá dor de cabeça, se ela diz que essa pessoa tenha dor de barriga, ela terá dor de barriga. Todas as coisas que Odù diz, naquele tempo, se realizam. Quando chegou o tempo, Odù diz, tu Òrìsà, ela diz, quando eles chegaram juntos à terra, ela diz, que ela e ele vão a um único lar. Ela diz, se estivermos em um único lugar, se ela diz, tudo aquilo que ela quisesse fazer, ela diz, ela teria a oportunidade de deixar-te, Òrìsà, ver tudo aquilo que ele fará. Ela diz, porque com ele, e Ògún caíram juntos do céu. Ela diz, mas eles colheram Ògún para ser guerreiro. Aquele que queria fazer-lhes a guerra, Ògún triunfáram sobre ele. Odù com Òrìsà devem morar em um único lugar. Ao lugar para onde vêem juntos, eles moram em um único local. O caracol que Òrìsà devem morar em um únicfo lugar. Ao lugar para onde v6em juntos, eles moram, em um único local. O caracol que Òrìsà ofereceu, Òrìsà pega, adora sua cabeça com ele. Òrìsà adora sua cabeça com o caracol no lugar onde ele mora. Quando Òrìsà terminou adoração, então bebe a água (contida na concha) do caracol. Quando ele bebeu a água da (concha) do caracol. Ele diz, tu Odù também queres beber? Diz, Odù, não tem importância. Odù recebe a água de caracol para beber. Quando odù bebeu a água de caracol, o ventre (o humor) de Odù se acalma. No lugar onde seu humor se acalma, ela diz, ah! ela diz, tu Òrìsà, ela diz, ela conhece através dele um coisa deliciosa de se comer. Ela diz, a água do caracol é doce, o caracol também é doce? Quando terminou de comer, ela diz, isto é bom. Nunca lhe deram coisa tão boa de se comer quanto o caracol. Ela diz, o caracol é o que se deve dar a ele para comer. Ela diz, exatamente o caracol que tu, Òrìsà, comes, ela diz, devemos dar a ele. Òrìsà diz que lhe dêem caracóis, ele diz, mas teu poder que não me mostraste, ele diz, é a única coisa que me entristece. Ele diz, toda coisa, qualquer outra coisa que possuas, ele diz,tu ousas mostrá-las, tu Odù. Òrìsà assim fala. Quando Òrìsà assim falou, Odù diz, quando ela veio ficar com ele em um único lugar, ela diz, tudo aquilo que ele fizer, ela nada esconderá dele. Ela diz, tudo aquilo que ela fizer, ela nada esconderá. Ela diz, ele poderá ver todos os seus trabalhos e todos os seus hábitos. Ela diz, ela fica com ele em um único lugar. Òbàrìsà diz, nada mau. Quando Òrìsà diz nada mau, eles estão juntos. Ele estão juntos, querem adorar Eégún. Odù traz as coisas com as quais adora Eégùn, ela as leva para o pátio dos gundos de Eégún. Ela diz a Òbàrìsà que a siga. Ah! Òbàrìsà diz que está assustado. Ela diz que ele a siga. Òbàrìsà segue. Quando Òbàrìsà segue (e) entra na floresta de Eégún, eles adoram Eégún. Quando eles adoram Eégún, Odù se cobre com a roupa de Eégún. Mas ela não sabe como se faz o som (da voz) de Eégún, como se faz a voz de Eégún, Odú não sabe. Ela sabe somente cobrir-se coma roupar, ela sabe somente fazer as orações, como todo mundo. Mas ela não sabe como se fala com a voz dos seres do além. Quando eles adoraram Eégún, Odù pega a roupa, cobre-se com ela. Ela faz votos de felicidade a uma pessoa que trouxe comida. Quando terminou os votos, ela sai. Quando saiu, ela e Òbàrìsà, chegou para eles o tempo de ir para casa. Òbàrìsà vai ao lugar (onde se encontra) a roupa. Antes a roupa de Eégún não tinha rede. Òrìsà acrescentou a rede. A rede por onde Eégún pode ver. Naquele tempo Eégún tinha uma roupa simples. Quando as mulheres faziam Eégún o tecido era simples. Elas faziam um furo no lugar do rosto para que elas (pudessem) ver um pouco. (Não havia) re, naquele tempo elas faziam um furo no lugar do rosto de Eégún. Mas quando Òbàrìsà chega, Òbàrìsà vem acrescentar a rede. Depois que eles chegam à casa, Òbàrìsà vai novamente ao pátio dos fundos de Eégún. Ele pega (a roupa de) Eégún, corta o lugar do rosto, aí põe a rede. Após colocar a rede, ele se cobriu com a roupa de Eégún. Quando se cobriu com a roupa de Eégún, pega o chicote. Empunha o chicote. (Não se despediu de Odù, dizendo que vai ao pátio dos fundos de Eégún, no lugar de onde ele sai.) Òbàrìsà fala com a voz de Eégún. Fala com a voz de Eégún, eles não distinguem sua voz. Faz votos, eles não distinguem sua voz. Aquele que quer adorar Eégún diz hein! Ele diz ah! ele diz Eégún que ele adora e, com efeito, verdadeiro, ele diz um dos seres do além veio à terra, ele empunha o chicote. O chicote que ele assim empunhou, arrasta-o no chão. Fala então coma voz de Eégún. No lugar onde se encontra, ele fala coma voz de Eégún. Ele se torna uma coisa que assusta Odù. Ah! ah! quando ela veste a roupa, não conhece esse modo de falar. Ah! ah! quem entrou rapidamente na roupa? Quem, em seguida, falou rapidamente com esse semelhante voz? Cominteligência o homem toma o poder. E toda a inteligência da mulher, com inteligência o homem toma das mãos das mulheres. Olódùmarè, em primeiro lugar, transmitiu a inteligência e o poder de Eleye à mulher. Mas com inteligência e astúcia o homem toa a inteligência da mão das mulheres. Quando Odù viu que esse Eégún em torno de toda a cidade. Odù viu então que a roupa é sua. Quando ela viu que a roupa é sua, ela diz, quem é este ai? Ela não vê Òbàrìsà na casa. Ela diz, esse aí é Òbàrìsà? Odù permanece em casa. Ela envia seu pássaro. Ela lhe diz que vá empoleirar-se no ombro (de Eégún). Eles devem ir juntos. Tudo aquilo que Eégún disse, age pelo poder do pássaro, empoleirando em seu ombro. Quando tudo aquilo que ele diz se realizou, (e) quando ele volta para casa. Ele volta ao pátio dos fundos de Eégún. Ele se despe no chão. Ele coloca o chicote no chão. Torna a pôr sua própria roupa. Sai. Eleye vai para perto de sua proprietária (Odù). Quando ele volta para casa. Então Odù o saúda. Ela diz, sê bem-vindo. Ela diz, de onde vem ele? Òbàrìsà diz, ele vem de fora. Odù diz, nada mau. Ela diz, sê bem-vindo. Então Òbàrisà esparrama no chão todas as coisas que recebeu. Quando ele as esparramou, Odù diz, está bem. Ela diz, então foi sua roupa de Eégún que ele conduziu para fora? Òbàrìsà diz, assim é. Odù diz, está bem. Ela diz, verdadeiramente a ele convém mais do que a ela fazê-la (sair). Ela diz, toda essa gente, ela diz, grita, eis Eégún! Eis Eégún! Ela diz, eles gritam por causa dele. Ela diz, ele arrasta seu chicote no chão, ela diz, a honra cabe a ele. Ela diz, a partir de hoje, ela diz, ela concede Eégún ao homem. Ela diz, por causa dela, ela diz, mulher alguma nunca mais ousará entrar na roupa de Eégún. Ela diz, por causa de Òrìsàlá, ela diz, ela dá Eégún ao homem,. Ela diz, mas se ele deve sair, ela diz, ela tem o poder que ele utiliza. O motivo se deve à amizade entre Eégún e eleye. No lugar de onde vem Eégún, as Eleye (também) vêm. Todo o poder utilizado por Eégún é o poder de Eleye. Odù diz, mulher alguma jamais entrará na (roupa) de Eégún. Mas ela poderá dança, ir ao encontro de Eégún, quer dizer que se Eégún sair, ele dançará diante dele, ele dançará na estrada, ao encontro de Eégún. Ela diz, a mulher fará isto unicamente. Ela diz, a mulher não ousará nunca mais entrar no pátio dos fundos. Ela diz, a partir de hoje é o homem que levará Eégún para fora. Ela diz, ninguém, nem os netos, nem os velhos poderão zombar da mulher. Ela diz, a mulher tem mais poder sobre a terra. Ela diz, além do mais, a mulher nos pôs no mundo. Ela diz, todo mundo nasceu da mulher. Ela diz, todas as coisa que as pessoas quiserem fazer, se não forem ajudadas pelas mulheres, ela diz, não podem fazer. (É por este) motivo que os homem nada podem fazer na terra, se não obtiverem das mãos das mulheres. Eles cantam. Òbàrìsà também canta. Quando é o quinto (dia), eles fazem (a festa da semana. Ele diz que todos os cânticos que eles cantarão serão este aqui, vindos do (odù de Ifá) Òsá Méjì. Ele diz, eles saúdam as mulheres, ele diz, se eles saudarem as mulheres, a terra será tranqüila. Eles cantam assim: “Dobrai o joelho, dobrai o joelho para as mulheres. A mulher nos pôs no mundo, assim somos seres humanos. A mulher é a inteligência da terra, dobrai o joelho para a mulher. A mulher nos pôs no mundo, assim somos seres humanos”.
Òsá Méjì
Cóleraq de Ìyàmi em relação a Òsàlá
Ele fica de pé por vós. Ele fica de pé por vós. Ele fica de pé por vós três vezes. Mau seu oyo que eles batem com um porrete. Má palavra ògbígbí que eles batem com um pedra. Má comida, o morcego vomita pela boca, defeca pela boca. Ifá é consultado para Òsàlá Òsèrèmàgbò, no dia em que vai buscar água no rio das Eleye. Ifá é consultado para as Eleye, no dia em que elas comerem mais o algodão de Òrìsà. Quando chegou o momento de Òrìsà plantar seu algodão, ele encontra as Eleye que puxam esse algodão e o comem. Elas as previne, dizendo-lhes que nunca mais puxem esse algodão e o comam. Elas nunca mais roubarão coisa alguma. Quando elas chegam à terra, as mulheres nada recolheram junto a Olódùmarè. Quando é o inicio da terra, aonde vão elas para fazer todas as coisas, perguntam as mulheres, qual é o poder que eles terão? Olódùmarè diz, os homens tomaram todo o poder. Não existe mais poder. Quando eles chegam à terra, os homens enganam as mulheres, tratam-nas sem seriedade, não lhes dizem a verdade. Elas vão para junto de Olódùmarè, contar seus sofrimentos, nada foi partilhado com elas. Olódùmarè diz, ele lhes fará um favor. Ele lhe dará o poder, que ficará acima do poder dos homens, de seu poder e de sua medicina. Ele colocará esse poderio nelas, em suas mãos. As Àjé o utilizarão de todos os modos. Quando elas chegam à terra, não existem rios. Todas aquelas que se tornariam rios, naquele tempo não eram rieos. Água do olho-d’água (onde vivem) caranguejos. Água redonda como poço. Naquele tempo elas utilizam a água do poço. Então as Ìyàmi tinham um rio. Elas o chamavam Olontoki, esta água jamais seca. Tomavam conta dele. Òrìsà se encontrava na (seguinte) situação: criava os homens com água fresca. Porque criava os homens. Òrìsà ia roubar águas delas. Quando elas começam a ver que estão roubando-lhes a água, elas vigiam a água. Na época em que assim a rodeiam elas encontram Òrìsà. Quando elas encontram Òrìsà. Ela dizem, a ti saudamos, Òrìsà. Òrìsà diz, saudações. Elas dizem, és tu quem vais roubar nossa água todos os dias. Começam a expulsar Òrìsà de longe. Expulsam –mo até a casa de Eégún. Eégún diz, poupai-o, perdoai-o, Ela dizem, elas são capazes de pegar a ti, Eégún. Ela diz, todas as roupas (de Eégún) elas vão pegar para engolir. Ela diz, todo seu poder, iremos engolir. Rapidamente Eégún empurra (Òrìsà) para fora. Eles fogem, ele chega à casa de Ògún. Ògún diz, poupai-o, elas dizem, teu dinheiro iremos pegar e engolir. Todos os teus instrumentos de ferro, tuas tenazes iremos pegar e engolir, todo o teu trabalho, iremos pegar e ingolir. Ògún empurra rapidamente (Òrìsà) para fora. Eles fogem. Ele vai correndo até a casa de Òrúnmìlà. Elas dizem, tu Ifá. Elas dizem, elas são capazes de pegar todos os teus coquinhos e comê-los, elas dizem, teus opele elas vão pegar e comer. Ele diz, nada mau. Ele diz, que elas entrem em casa. Òrúnmìlà traz 16 pratos de ekuru (feijão cozido). Traz para elas. Traz diversas espécies de sangue, sangue de cabra, sangue de galinha, sangue de carneiro. Reúne todos esses sangues. Traz para elas sangue de touro. Diz-lhes que bebam. Bem! se elas criam muito casa quando bebem água, o sangue é o que elas bebem, é o que lhes foi trazidos e elas beberam. Elas dizem Òrúnmìlà lhes fez uma tal recepção, elas perdoam verdadeiramente. Mas todas as coisas que elas quiserem ter, virão lhe pedir. Òrúnmìlà diz, se um outro oferecesse,, se alguém oferecesse, se outra pessoa oferecesse, todas as coisas que vós (Ìyàmi) recebeis em mãos. Ele diz, vinde pedir, ele (Òrúnmìlà) a receberá por vós. Òrìsà vem com um coração calmo. Ele diz, tu Òrúnmìlà, muito obrigado por teu favor. Que coisa posso dar-te assim rapidamente? Ele nada tem na mão, a não ser o facão que ele trouxe aqui. Que ele pegue o facão. Ele o dá a Òrúnmìlà. É o facão que os babaláwo chamam de àdásà. Eles o utilizam junto a Ifá como um ìróké. Chamam a este facão àdásà. Òrúnmìlà começa a bater o facão aos pés de Ifá. Òrúnmìlà ouve tudo aquilo que ele diz. “Este é o facão de Òrìsà, este é ofacão de Òrìsà. O facão está na minha mão, este é o facão de Òrìsà”.
Ìrété ogbè
Como Odù tornou-se mulher de Òrúnmìlà
Que tu pises no mato. Que tu pises no mato. Que pisemos juntos no mato. Ifá é consultado para Odù. Eles dizem Odù veio do além para a terra.. quando ela chegou à terra, elas dizem, tu Odù, esta é tua partida. Olódùmarè lhe dá o pássaro. Ele pega seu pássaro paraq ir à terra. Aragamago é nome que Olódùmarè dá a esse pássaro. Aragamago é nome que tem esse pássaro de Odù. Ele diz, tu Odù, ele diz, toda tarefa para a qual ela o enviaria, ele a cumpria. Ele diz, ao lugar onde agradasse a ela enviá-lo, ele iria. Ele diz, se fosse para fazer o mal, ele diz, se fosse para fazer o bem, ele diz, todas as coisas que ela gostasse de dizer a ele para fazer, ele fariz. Odù leva esse pássaro para a terra. Odù disse que ninguém a poderia olhar. Ela diz que não a olhem, se um inimigo de Odù a olhasse, ela lhe romperia os olhos (ela o cegaria) com o poder desse pássaro ela lhe reomperia os olhos. Se um outro inimigo se quisesse espiar o que contém a cabaça desse pássaro, esse pásso Aragamago lhe romperia os olhos. É assim que ela utiliza esse pássaro. Ela o utiliza até chegar à casa de Òrúnmìlà. Òrúnmìlà vai consultar seus babaláwo. Vai consultar: “Se ensinarmos a inteligência a alguém, sua inteligência será inteligente”. “Se ensinarmos a estupidez a alguém, sua estupidez será estúpida”. Os babaláwo da casa de Òrúnmìlà consultam Ifá para saber o dia em que ele tornará Odù como sua mulher. Òrúnmìlà é assim, tomará Odù como sua mulher. Os babaláwo de Òrúnmìlà dizem ei! Eles dizem, Odù que tu queres tomar como mulher, eles dizem, um poder está em suas mãos. Eles dizem, (para) esse poder Òrúnmìlà fará uma oferenda ao chão , por causa de toda a sua gente. Eles dizem (para que) com seu poder ela não mate e coma, porque o poder dessa mulher é maior do que o de Òrúnmìlà. Eles dizem a Òrúnmìlà que faça rapidamente essa oferenda sobre o chão. Eles dizem que Òrúnmìlà tenha um rato òkété. Dizem que ele tenha um rato. Dizem que ele tenha um peixe. Dizem que ele tenha um caracol. Dizem que ele tenha azeite-de-dendê. Dizem que ele tenha 8 shilings. Òrúnmìlà faz a oferenda. Quando Òrúnmìlà fez a oferenda, eles consultam Ifá para ele. Òrúnmìlà leva (a oferenda) para fora. Ao chegar Odù, ela encontra a oferenda na rua. Ah! diz Èsù, Òrúnmìlà fez essa oferenda ao chão, porque quer desposar a ti Odù. Odù diz, nada mau. Todos aqueles que Odù leva atrás dela são as coisas más. Ela diz que todos eles comem. Odù também abre no chão a cabaça de Aragamago, seu pássaro, ela diz que ele come. Odù entra na casa. Quando ela entrou na casa, Odù chama Òrúnmìlà. Ela diz, tu Òrúnmìlà. Ela diz, ela chegou. Ela diz, seus poderes são numerosos, ela diz, mas ela não deixará que eles te combatam. Ela diz, que ela não quer briga contigo, Òrúnmìlà. Ela diz, mesmo que alguém pedisse sua ajuda, lhe dissesse que te combatesse, ela diz, ela não te combaterá, pois Odù diz, eles não farão Òrúnmìlà sofrer. Porque se eles quisessem fazer Òrúnmìlà sofre, Odù com seu poder e o poder de seu pássaro combateria essas pessoas. Quando Odù acabou de falar, Òrúnmìlà disse, nada mau. Então eles vão chegar. Quando chegou o momento, Odù diz, tu Òrúnmìlà, ela diz, aprende depressa minha proibição (de Odù). Ela diz, ela quer dizer-lhe qual é a sua proibição. Ela diz, ela não quer as outras mulheres dele, olhem o rosto dela. Ela diz, que ele diga a todas as suas outras mulheres, ela diz, que não olhem o rosto dela. Aquela que olhasse seu rosto, veria sua batalha. Ela diz, que ela não quer que ninguém olhe seu rosto. Òrúnmìlà diz, nada mau. Então ele chama todas as suas mulheres. Ele as previne. As mulheres de Òrúnmìlà não olharão o rosto dela. Odù diz a Òrúnmìlà que, ela diz, ela vem contigo fazer com que seu fardo se torno benfazejo. Ela diz, que ela irá consertar todas as coisas. Ela diz, tudo aquilo que ele quisesse estragar, ela não consertará. Ela diz, se ele conhece sua proibição, ela diz, tudo aquilo que é seu completamente ficará bom. Então aquele que as quisesse estragar, ela não deixará que nada seja estragado. Se osò quiser estragar, ela diz, ela não (o) deixará (agir), então ele mesmo será estragado. Ela diz, nenhuma Àjé é capaz de estragar uma coisa de Òrúnmìlà. Ela diz, que Òrúnmìlà não brinca com ela. Ela diz, todas as suas coisas, completamente, ficarão boas. Ela diz que não brigará com Òrúnmìlà. Não brigará com sua gente. Ela diz que Òrúnmìlà sabe as tarefas que ele quer mandar que ela faça. Ela diz, se ele envia uma mensagem para fazer alguém sofrer, se ele quiser enviá-la, ela entregará (a mensagem). O poder de seu pássaro, se alguém quisesse fazer Òrúnmìlà sofrer, ainda que somente beliscá-lo, Odù iria brigar. Òrúnmìlà diz hein! tu Odú. Ele sabe que tu és importante. Ele sabe que tu és superior a todas as mulheres do mundo. Jamais ele brincará contigo. Todos os seus filhos que são babaláwo, previne-os para que jamais ousem brincar contigo, porque Odù é o poder dos babaláwo. Ele diz, se o babaláwo possui Ifá, ele diz, ele também tem Odù. Ele diz, o poder que então Odù lhe dá diz que, todas as mulheres que estão junto dele não ousem olhar o rosto dela. A partir desse dia, todos os babaláwo, sem faltar nenhum, não há quem não tenhaq essa Odù. Aquele que não tivesse essa Odù não poderia consultar Ifá. No dia em que ele tiver Odù, nesse dia ele se tornará alguém, que Odù não abandona ao sofrimento.
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